Pesquisa-experiência em educação ambiental: exercícios (eco)lógicos para gestão dos resíduos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2019v40n2p167

Palavras-chave:

Pesquisa-experiência, Educação ambiental, Lixo, Gestão de resíduos.

Resumo

O presente texto compartilha o resultado de uma pesquisa-experiência sobre exercícios (eco)lógicos possíveis de autoeducação ambiental, para gestão dos resíduos humanos. Com foco na transformação do pesquisador e de sua relação com a gestão de resíduos, baseou-se em três etapas: observações sistemáticas em uma avenida da cidade de Porto Alegre e em uma universidade privada; busca de informações sobre a gestão de resíduos na internet (plataforma Google) e em uma biblioteca universitária; imersão do pesquisador em uma associação de separação do lixo e realização de entrevista com a responsável pelo local. Inspirada em produções de conhecimento Pós-estruturalistas, a noção de pesquisa-experiência emerge enquanto possibilidade de tatear elementos e fabricar objetos para o pensamento, neste caso, como via de autotransformação do pesquisador na sua relação com a gestão de resíduos. Como resultado, fora possível articular a vivência da experiência com a pesquisa sobre o meio ambiente, refletindo sobre os paradigmas educativo-ambientais e as ideologias de consumo e individualismo que permeiam o cotidiano humano. Através de elementos emergentes no campo da pesquisa, colocou-se em análise a educação ambiental, considerando-a via de transformação das (eco)lógicas cotidianas, alguns de seus impasses, como os aspectos subjetivos ou estruturais que envolvem uma autoeducação ambiental.

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Biografia do Autor

Daniel Dall'Igna Ecker, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando (Bolsista CAPES) no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional (PPGPSI) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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Publicado

02.12.2019

Como Citar

ECKER, D. D. Pesquisa-experiência em educação ambiental: exercícios (eco)lógicos para gestão dos resíduos. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 40, n. 2, p. 167–182, 2019. DOI: 10.5433/1679-0383.2019v40n2p167. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/35297. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê