Tédio e inautenticidade nos dias atuais: uma análise psicanalítica e social

Autores

  • Aline Vilarinho Montezi Universidade de São Paul

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2017v38n2p203

Palavras-chave:

Tédio, Sociedade Contemporânea, Psicanálise, Patologias do vazio

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo discutir a questão do tédio, levando em consideração que a sociedade contemporânea, marcada pela exploração desumana do trabalho, supressão da subjetividade e autenticidade, vazio, falta de referências e fragilidade dos vínculos tem produzido aquilo que denominamos como “patologias do vazio”. Para tal, foi utilizada uma vinheta clínica na qual foi narrado um caso em que o tédio, dentre outras manifestações, se apresentava constantemente e, logo após, foram tecidas considerações à luz da teoria histórico-cultural e da Psicanálise. Concluiu-se que o tédio adquire caráter ambivalente tanto por se constituir enquanto uma defesa que, ao se manifestar, comunica o movimento da busca de si mesmo, como por denunciar o sofrimento das pessoas por viverem em um cotidiano empobrecido, mecanizado, preenchido por tarefas a cumprir e estímulos. Debruçar-se sobre o tema é imprescindível, não só do ponto de vista social, mas também para a clínica que, muitas vezes enfrenta os limites de sofrimentos tão complexos demandando uma postura flexível do terapeuta.

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Biografia do Autor

Aline Vilarinho Montezi, Universidade de São Paul

Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

15.02.2018

Como Citar

MONTEZI, A. V. Tédio e inautenticidade nos dias atuais: uma análise psicanalítica e social. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 38, n. 2, p. 203–214, 2018. DOI: 10.5433/1679-0383.2017v38n2p203. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/32168. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção Livre