Deixadas para trás: sentimentos vivenciados por esposas de emigrantes submetidas ao isolamento conjugal
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2015v36n2p17Palavras-chave:
Emigração, Solidão, Mulheres de Emigrantes, Isolamento ConjugalResumo
A emigração internacional em Governador Valadares e região, iniciada na década de 1960, cujo ápice se deu na de 1980, continua como importante processo de deslocamento populacional, apesar das políticas restritivas impostas pelos Estados Unidos. Até a década de 1990, a emigração masculina cresceu consideravelmente, induzindo a formação de novas configurações familiares e novas maneiras de organização das rotinas diárias pelas parceiras que permaneceram no Brasil. O presente estudo investiga o sentimento de solidão vivenciado por mulheres de emigrantes submetidas ao isolamento conjugal decorrente da ida do parceiro para o exterior como emigrante. Trata-se de um levantamento no qual foram realizadas entrevistas domiciliares guiadas por um Roteiro Semiestruturado de Entrevista junto a 247 mulheres residentes na cidade de Governador Valadares/MG. A amostra foi intencional, não probabilística, os dados de natureza quantitativa foram submetidos à análise descritiva, e os de natureza qualitativa (fragmentos dos discursos) à Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Embora o projeto de emigrar seja construído pelo núcleo familiar e apoiado pela Cultura Migratória característica da região, há evidências de que as entrevistadas vivenciam considerável sofrimento psíquico, sugerindo que o processo emigratório traz implicações indesejáveis para todos os envolvidos.Métricas
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