Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior: agente regulador do campo da pós-graduação stricto sensu no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0383.2014v35n2p49Palavras-chave:
Capital simbólico, Produtivismo acadêmico, Avaliação. PrecarizaçãoResumo
O presente artigo tem o propósito de apresentar uma reflexão sociológica sobre a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) como o agente regulador que institucionalizou o campo da pós-graduação no Brasil junto às Universidades públicas. As premissas metodológicas e teóricas utilizadas sustentam-se na teoria do campo científico de Pierre Bourdieu e procuram demonstrar que a CAPES como ente político vinculado ao governo federal intermediou e legitimou a participação dos docentes-pesquisadores detentores de maior capital simbólico (reconhecimento científico entre os pares-concorrentes), conferindo-lhes a prerrogativa de definir as regras para a avaliação e para o financiamento da Pós-Graduação Stricto sensu. Não obstante, estes legítimos mutuários (dominantes) do campo da pós-graduação, consolidaram um sistema meritocrático amalgamado pelo produtivismo acadêmico, instaurando no âmbito das universidades uma cultura performática que traz a reboque o individualismo, o utilitarismo e a precarização do trabalho e das relações no campo universitário.Métricas
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