Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior: agente regulador do campo da pós-graduação stricto sensu no Brasil

Autores

  • Rogerio Junior Boratim Universidade Estadual de Maringá - UEM

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0383.2014v35n2p49

Palavras-chave:

Capital simbólico, Produtivismo acadêmico, Avaliação. Precarização

Resumo

O presente artigo tem o propósito de apresentar uma reflexão sociológica sobre a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) como o agente regulador que institucionalizou o campo da pós-graduação no Brasil junto às Universidades públicas. As premissas metodológicas e teóricas utilizadas sustentam-se na teoria do campo científico de Pierre Bourdieu e procuram demonstrar que a CAPES como ente político vinculado ao governo federal intermediou e legitimou a participação dos docentes-pesquisadores detentores de maior capital simbólico (reconhecimento científico entre os pares-concorrentes), conferindo-lhes a prerrogativa de definir as regras para a avaliação e para o financiamento da Pós-Graduação Stricto sensu. Não obstante, estes legítimos mutuários (dominantes) do campo da pós-graduação, consolidaram um sistema meritocrático amalgamado pelo produtivismo acadêmico, instaurando no âmbito das universidades uma cultura performática que traz a reboque o individualismo, o utilitarismo e a precarização do trabalho e das relações no campo universitário.

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Biografia do Autor

Rogerio Junior Boratim, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Mestrado em Políticas Públicas da UEM.

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Publicado

30.12.2014

Como Citar

BORATIM, R. J. Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior: agente regulador do campo da pós-graduação stricto sensu no Brasil. Semina: Ciências Sociais e Humanas, [S. l.], v. 35, n. 2, p. 49–60, 2014. DOI: 10.5433/1679-0383.2014v35n2p49. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/18107. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção Livre