Estudo dos cromossomos de uma espécie do gênero Ancistrus (Siluriformes: Loricariidae) proveniente do córrego Tamanduá, bacia do Rio Paraguai, Mato Grosso

Autores

  • Rafael Splendore de Borba Universidade Estadual Paulista
  • Sandra Mariotto Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Mato Grosso
  • Liano Centofante Universidade Federal de Mato Grosso
  • Daniela Cristina Ferreira Universidade Federal de Mato Grosso
  • Patrícia Pasquali Parise Maltempi Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp163

Palavras-chave:

rDNA, FISH, Sequências de repetição

Resumo

O gênero Ancistrus é um dos mais diversificados da tribo Ancistrini, possuindo atualmente 64 espécies nominais. O grupo é diferenciado dos demais loricariideos pela ausência de placas e odontódeos na margem anterior do focinho, onde existem apenas pequenos tentáculos carnudos e odontódeos interoperculares bem desenvolvidos. Diversas espécies do gênero Ancistrus já foram descritas na região das bacias dos rios Amazonas e Paraguai. Estes peixes têm a taxonomia bastante duvidosa, não existindo ainda uma chave precisa de identificação para estas espécies. Ferramentas citogenéticas como análise de número diploide, detecção de AgNORs, bandamento C e análises de citogenética molecular funcionam como importantes marcadores, utilizados para a diferenciação de população e de espécies de Ancistrus. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar os cromossomos de uma espécie de Ancistrus proveniente do córrego Tamanduá (Bacia do Rio Paraguai) utilizando técnicas de coloração convencional e FISH (18S), e comparar as características de seu cariótipo com o de outras espécies provenientes das demais localidades desta mesma bacia. A espécie estudada apresenta um número diploide de 2n=44 cromossomos, com fórmula cariotípica igual a: 9 pares m, 8 pares sm, 3 pares st e 2 pares a, o bandamento C evidenciou poucas marcações, estas sempre nas regiões cetroméricas, e duas grandes bandas coincidentes com a NOR. A técnica de FISH usando como sonda o rDNA 18S detectou duas marcações nas regiões intersticiais dos braços longos de dois cromossomos submetacêntricos, sendo que estas marcações coincidem com as regiões AgNOR positivas Algumas características do cariótipo desta espécie se assemelham com a de outras espécies encontradas nas demais localidades da bacia do Rio Paraguai, como por exemplo o número diploide de 2n=44 com NOR em regiões intersticiais encontrados em Ancistrus cf. dubius e Ancistrus sp. 12 (Córrego Santa Cruz Cuiabá). Contudo outras características do cariótipo da espécie estudada são divergentes, como a presença de cromossomos acrocêntricos e a marcação do rDNA18S localizada no braço longo de cromossomos submetacêntricos. Tais características confirmam as evidências sobre a grande diversidade cariotípica encontrada no gênero, mesmo entre espécies com mesmo número de cromossomos, e também mostram como determinados caracteres dos diferentes cariótipos podem ser uteis na separação das espécies desta região.

Apoio Financeiro: FAPESP (2013/17826-9)

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Biografia do Autor

Rafael Splendore de Borba, Universidade Estadual Paulista

Instituto de Biociências, UNESP Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro, SP, Brasil

Sandra Mariotto, Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Mato Grosso

Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil.

Liano Centofante, Universidade Federal de Mato Grosso

Instituto de Biociências, UFMT Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil

Daniela Cristina Ferreira, Universidade Federal de Mato Grosso

Instituto de Biociências, UFMT Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil

Patrícia Pasquali Parise Maltempi, Universidade Estadual Paulista

Instituto de Biociências, UNESP Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro, SP, Brasil

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Borba RS de, Mariotto S, Centofante L, Ferreira DC, Parise Maltempi PP. Estudo dos cromossomos de uma espécie do gênero Ancistrus (Siluriformes: Loricariidae) proveniente do córrego Tamanduá, bacia do Rio Paraguai, Mato Grosso. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 29º de março de 2024];38(1supl):163. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29512