Avaliação da genotoxidade das resinas utilizadas na fase de contenção ortodôntica: Estudo in vivo
Resumo
A biocompatibilidade dos materiais utilizados na ortodontia ainda é motivo de preocupação, especialmente pela dificuldade em avaliar cada material separadamente durante os tratamentos. Diante disso e da escassez de pesquisas sobre a genotoxicidade das resinas utilizadas na fase de contenção ortodôntica, o presente estudo teve como objetivo avaliar “in vivo” a genotoxicidade destes materiais. A amostra foi composta por 27 pacientes (15 mulheres e 12 homens), com idades entre 13 e 38 anos, iniciando a fase de contenção mediante o uso de placa removível superior e fio colado inferior. Os mesmos foram submetidos à coleta de células da mucosa bucal, antes das contenções e depois de um, seis e nove meses da instalação e uso contínuo das mesmas. As células coletadas foram avaliadas pelo teste de micronúcleos. Para análise estatística, utilizou-se o teste Anova e Tukey, ao nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram não haver diferença estatística entre as médias das coletas para micronúcleos. Foi encontrado um aumento significativo de células com cromatina condensada e cariorrética entre a primeira e segunda coleta, que demonstra morte celular, mas tornou-se não significativa nas coletas de seis e nove meses, indicando uma capacidade de reparação celular. Quando aplicado o teste não paramétrico de Spearman foi observada uma fraca, mas ainda importante correlação entre capacidade de reparação celular e a idade, mostrando que a medida em que a idade aumenta, reduz a capacidade de reparação das células. Pode-se observar que não houve aumento de danos ao DNA entre as coletas realizadas, entretanto o aumento significativo de células com cromatina condensada cariorrética, sugeriu um aumento de morte celular relacionada com a exposição.
Palavras-chave
OOrtodontia; toxicidade; Resinas; Contenção; Genotoxicidade; Biocompatibilidade
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp97
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