Avaliação citogenética em casais com histórico de aborto recorrente

Autores

  • Roberta Machado de Oliveira Frota Curado Universidade Federal de Goiás
  • Rosângela Hatori Rocha Universidade Federal de Goiás
  • Nathalia Cristinna Sebba Ferreira Universidade Federal de Goiás
  • Kamila Vasco de Morais Universidade Federal de Goiás
  • Carolina Leão de Moraes Universidade Federal de Goiás
  • Waldemar Naves do Amaral Universidade Federal de Goiás
  • Nádia Aparecida Bérgamo Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp94

Palavras-chave:

Aborto espontâneo recorrente, Anormalidades cromossômicas, Inversão do 9

Resumo

O aborto espontâneo recorrente (ABR) é definido como duas ou mais perdas espontâneas em sucessivas gestações de até 22 semanas. Afeta 1-5% dos casais que tentam conceber. Embora a etiologia das perdas gestacionais espontâneas seja multifatorial, as causas cromossômicas apresentam um papel relevante. Entre 5 e 10% dos casais com perdas reprodutivas, pelo menos um dos cônjuges, apresenta translocações balanceadas e/ou inversões, que levam à formação de gametas anormais e à perdas gestacionais. Foram avaliados, pela citogenética, 9 casais com histórico de ABR, no primeiro e segundo trimestre de gestação, do Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas, UFG, com o objetivo de investigar a ocorrência de anormalidades cromossômicas nos casais. Os cariótipos foram obtidos a partir da cultura de linfócitos do sangue periférico e bandamento G e C. As idades dos pacientes variaram de 28-57 anos entre os homens (média de 36,3 anos) e de 26-41 anos entre as mulheres (média de 34,2anos). O número de ABR variou de dois a cinco por casal. Em apenas um indivíduo, sexo masculino, oligozoospérmico e idade de 35 anos, foi observada a variante estrutural no cromossomo 9, 46, XY,inv9(p12q13), sendo que nos outros 17 pacientes o cariótipo foi normal, 46,XX e 46,XY para as mulheres e homens respectivamente. O casal, em que o cônjuge apresentou a inversão pericêntrica do 9 tem histórico de 4 abortos no primeiro trimestre de gestação. O resultado mostra que a inv9(p12q13) não pode ser categorizada como normal, pois tem um efeito negativo sobre a fertilidade como indicado pela literatura. Além disso, mostra a importância de estudar o cromossomo em casais inférteis. Conclui-se que para este casal com histórico de ABR, a Fertilização in vitro (FIV) com o diagnóstico pré implantacional (PGD) é importante, assim como a concepção via inseminação artificial por meio do sêmen de doadores. Os demais casais em que tiveram o seu cariótipo normal serão avaliados pela metodologia da amplificação multiplex de sondas dependente de ligação (MLPA) a fim de verificar se existem alterações que não são detectáveis pela microscopia óptica comum.

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Biografia do Autor

Roberta Machado de Oliveira Frota Curado, Universidade Federal de Goiás

Aluna do Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO

Rosângela Hatori Rocha, Universidade Federal de Goiás

Docente, Instituto de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia-GO

Nathalia Cristinna Sebba Ferreira, Universidade Federal de Goiás

Aluna de Odontologia, Faculdade de Odontologia, UFG, Goiânia-GO

Kamila Vasco de Morais, Universidade Federal de Goiás

Aluna de Odontologia, Faculdade de Odontologia, UFG, Goiânia-GO

Carolina Leão de Moraes, Universidade Federal de Goiás

Aluna do Programa de Pós-Graduação Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO

Waldemar Naves do Amaral, Universidade Federal de Goiás

Docente, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, UFG, Goiânia-GO

Nádia Aparecida Bérgamo, Universidade Federal de Goiás

Docente, Instituto de Ciências Biológicas, UFG, Goiânia-GO

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Curado RM de OF, Rocha RH, Ferreira NCS, Morais KV de, Moraes CL de, Amaral WN do, Bérgamo NA. Avaliação citogenética em casais com histórico de aborto recorrente. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 18º de abril de 2024];38(1supl):94. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29360