Variabilidade cariotípica em população de Akodon montensis Thomas, 1913 da floresta nacional de Piraí do Sul (PR)

Autores

  • Fernanda Gatto Almeida Universidade Federal do Paraná
  • Guilherme Grazzini Universidade Federal do Paraná
  • Amanda de Araújo Soares Universidade Federal do Paraná
  • Gabriel Francisco Santos de Oliveira Universidade Federal do Paraná
  • Liliani Marília Tiepolo Universidade Federal do Paraná
  • Iris Hass Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp251

Palavras-chave:

Rodentia, Heteromorfia, Cromossomo sexual, Cromossomo B

Resumo

O gênero Akodon é um dos mais diversificados da América do Sul, com 41 espécies reconhecidas, e se distribui ao longo de todo o continente, indo da Colômbia até a Argentina. As espécies desse gênero são morfologicamente muito similares, e por isso a citogenética é uma ferramenta chave para a identificação específica. O objeto deste estudo, a espécie A. montensis, possui cariótipo padrão com 2n=24 e NA=42. De modo geral o conjunto cromossômico de uma espécie deve se manter constante a fim de evitar erros na formação dos gametas e garantir assim a viabilidade da prole, porem variações morfológicas e até numéricas nesse conjunto podem ser encontradas com certa frequência. O objetivo desse trabalho foi avaliar as variações cromossômicas encontradas em indivíduos de Akodon montensis coletados na Floresta Nacional de Piraí do Sul, Paraná. Foram coletados 15 indivíduos de A. montensis, sendo sete fêmeas e oito machos. Foram identificadas alterações morfológicas nos cromossomos X, sendo a mais comum a ocorrência de um braço p, alterando a morfologia do X de acrocêntrico para subtelocêntrico. Esses cromossomos X subtelocêntricos foram registrados em, apenas um cromossomo, em duas fêmeas e em um macho, não estando portanto relacionado a um único sexo. Outra alteração observada nessa amostra de roedores foi a presença de um cromossomo extranumerário (B) de dois braços, em quatro indivíduos: duas fêmeas e dois machos. Esse cromossomo se apresentou sempre único nos indivíduos porem sua forma e tamanho variou. Nos dois exemplares machos o cromossomo B é metacêntrico com tamanho próximo ao do par 11, nas duas fêmeas os cromossomos B apresentaram variações: um metacêntrico menor do que o par 11 e outro submetacêntrico com tamanho maior do que o par 11. Nos indivíduos portadores de cromossomo extranumerário os cariótipos foram identificados como: 2n=25 e NA=44. A frequência em quase 27% da amostra possuindo B é considerada alta para a espécie. Além disso, destaca-se que as duas fêmeas que apresentaram o cromossomo extranumerário são as mesmas que apresentaram o cromossomo X subtelocêntrico. Novos estudos com um aumento no n amostral poderão elucidar melhor os padrões até o momento observados.

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Biografia do Autor

Fernanda Gatto Almeida, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná, Curitiba-Paraná

Guilherme Grazzini, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná, Curitiba-Paraná

Amanda de Araújo Soares, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná, Curitiba-Paraná

Gabriel Francisco Santos de Oliveira, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná, Curitiba-Paraná

Liliani Marília Tiepolo, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná, Matinhos-Paraná.

Iris Hass, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná, Curitiba-Paraná

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Gatto Almeida F, Grazzini G, Soares A de A, Oliveira GFS de, Tiepolo LM, Hass I. Variabilidade cariotípica em população de Akodon montensis Thomas, 1913 da floresta nacional de Piraí do Sul (PR). Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 18º de abril de 2024];38(1supl):251. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29331