Atividade leishmanicida de extrato hidroalcoólico de própolis brasileira em Leishmania amazonensis

Autores

  • Suelen Santos da Silva Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Milena Menegazzo Miranda Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Idessania Nazareth Costa Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Maria Angélica Ehara Watanabe Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Wander Rogério Pavanelli Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Ionice Felipe Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • José Mauricio Sforcin Universidade Estadual Paulista, UNESP, Botucatu
  • Ivete Conchon-Costa Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2015v36n2p25

Palavras-chave:

Cutaneous leishmaniasis, Propolis, Leishmania.

Resumo

As leishmanioses são consideradas doenças negligenciadas devido às altas incidências, ampla distribuição geográfica e dificuldade no tratamento sendo incluídas na relação de doenças prioritárias pela Organização Mundial da Saúde. Os tratamentos disponíveis para estas doenças apresentam elevada toxicidade, justificando a busca por fármacos alternativos. Estudos prévios com própolis, resina produzida por abelhas, demonstraram sua atividade antiparasitária e imunomoduladora em diversos modelos experimentais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito in vitro do extrato hidroalcoólico de própolis brasileira, coletado na cidade de Botucatu no estado de São Paulo, sobre formas promastigotas de Leishmania amazonensis, bem como analisar seu efeito in vivo sobre a carga parasitária em baço de camundongos susceptíveis à infecção. Assim, formas promastigotas tratadas com extrato hidroalcoólico de própolis brasileira nas concentrações 5, 10, 25, 50 ou 100 µg/mL apresentaram efeito inibitório sobre a proliferação desses parasitos nos tempos de 24, 96 e 168 h. No entanto, as concentrações de 50 e 100 µg/mL mostraram-se mais eficazes quando comparadas ao controle e às demais concentrações em todos os tempos avaliados. Em relação à carga parasitária, após 30 dias de infecção com L. amazonensis, camundongos BALB/c foram tratados diariamente com a própolis (5mg/kg), via oral ou intraperitoneal, durante 60 dias. Posteriormente, o baço destes animais foi coletado para análise da carga parasitária. O tratamento por via oral reduziu 40% da carga parasitária. Desta forma, a amostra de própolis brasileira testada apresentou ação leishmanicida sobre L. amazonensis em cultura e em camundongos infectados com este protozoário.

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Biografia do Autor

Suelen Santos da Silva, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutoranda do Programa de Patologia Experimental, Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil.

Milena Menegazzo Miranda, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutoranda do Programa de Patologia Experimental, Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil.

Idessania Nazareth Costa, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutora em Imunologia e Parasitologia Aplicadas pela Universidade Federal de Uberlândia. Docente adjunta do Departamento de Ciências Patológicas, área de Parasitologia, Centro de Ciências Biológicas (CCB), Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil.

Maria Angélica Ehara Watanabe, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutora em Ciências Biológicas-Bioquímica. Docente adjunta do Departamento de Ciências Patológicas, área de Imunologia Básica, Centro de Ciências Biológicas (CCB), Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil.

Wander Rogério Pavanelli, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutor em Imunologia pela Universidade de São Paulo-USP. Docente adjunto do Departamento de Ciências Patológicas, área de Parasitologia, Centro de Ciências Biológicas (CCB), Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil.

Ionice Felipe, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Doutora em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Docente adjunta do Departamento de Ciências Patológicas, área de Imunologia Básica, Centro de Ciências Biológicas (CCB), Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil.

José Mauricio Sforcin, Universidade Estadual Paulista, UNESP, Botucatu

Doutor em Nutrição e Produção Animal, FMVZ, UNESP, Campus de Botucatu. Docente adjunto do Departamento de Microbiologia e Imunologia, Universidade Estadual Paulista, UNESP, Botucatu, São Paulo, Brasil.

Ivete Conchon-Costa, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Microbiologia pela Universidade Estadual de Londrina. Docente adjunta do Departamento de Ciências Patológicas, área de Imunologia Básica, Centro de Ciências Biológicas (CCB), Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil.

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Publicado

2016-02-11

Como Citar

1.
Silva SS da, Miranda MM, Costa IN, Watanabe MAE, Pavanelli WR, Felipe I, Sforcin JM, Conchon-Costa I. Atividade leishmanicida de extrato hidroalcoólico de própolis brasileira em Leishmania amazonensis. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 11º de fevereiro de 2016 [citado 29º de março de 2024];36(2):25-34. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/22621

Edição

Seção

Artigos