Perfil clínico-epidemiológico dos acidentes ofídicos ocorridos na ilha de Colares, Pará, Amazônia oriental
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2015v36n1p67Palavras-chave:
Envenenamento, Ofidismo, Saúde pública, Serpentes, Bothrops.Resumo
Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos acidentes ofídicos ocorridos na ilha de Colares, Pará, Brasil. O estudo consistiu em uma investigação epidemiológica transversal a partir da análise de todos os casos de envenenamento por serpentes peçonhentas atendidos no Hospital Municipal e notificados ao Sistema Nacional de Notificações e Agravos (SINAN) do Ministério da Saúde, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011. Os dados obtidos a partir das fichas de notificação foram analisados utilizando-se estatística descritiva simples no Microsoft Excel (versão 2007). Foram notificados ao SINAN 94 casos de acidentes ofídicos, sendo observada maior concentração dos envenenamentos no primeiro semestre de cada ano, período em que ocorrem os maiores índices pluviométricos para a região. A maioria dos acidentes aconteceu na zona rural (85,11%), durante a realização dos trabalhos braçais (55,32%), com maior incidência em homens (73,40%), predominantemente provocados por serpentes do gênero Bothrops (69,62%). Foram identificadas falhas no protocolo de soroterapia, sendo verificada sua utilização em dois casos cujas serpentes não eram peçonhentas e não administrado em dois casos confirmados de acidentes ofídicos envolvendo serpentes peçonhentas. O pé foi a região mais acometida (51,06%) e a dor, edema e manifestações vagais foram os sinais mais frequentes. Estes resultados demonstram que o município de Colares segue o perfil dos acidentes ofídicos de outras localidades rurais amazônicas, sendo necessária maior atenção dos profissionais de saúde quanto ao preenchimento das fichas de notificação e aos protocolos terapêuticos dispensados às vítimas.Métricas
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