Composição química e perfil de ácidos graxos do músculo Longissimus de bovinos de diferentes grupos genéticos alimentados com silagem de sorgo ou cana-de-açúcar e terminados com 3,4 ou 4,8 mm de espessura de gordura de cobertura
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2011v32n4p1461Palavras-chave:
Carne, Colesterol, Cruzamento industrial, Ômega 3, Ômega 6.Resumo
Este trabalho foi realizado para avaliar a composição química e o perfil de ácidos graxos do músculo Longissimus de bovinos de três grupos genéticos (ZEB – Zebu; LIZ – Limousin vs. Zebu e ANZ – Angus vs. Zebu) alimentados com silagem de sorgo + 1,0% do peso vivo de concentrado ou cana-de-açúcar + 1,2% do peso vivo de concentrado, e abatidos em dois graus de acabamento (3,4 ou 4,8 mm de espessura de gordura de cobertura). Foram utilizados 36 bovinos com idade de 21 meses e peso médio inicial de 330 ± 44 kg terminados em confinamento após período de 115 ou 147 dias de alimentação. Não foram observadas diferenças (P > 0,05) nos teores de umidade (74,09%), cinzas (0,99%), proteína bruta (21,61%), lipídios totais (1,69%) e colesterol total (37,83 mg/100g de músculo) no músculo Longissimus entre os grupos genéticos e as dietas. O músculo Longissimus de bovinos abatidos com 3,4 mm de gordura de cobertura apresentou maior (P < 0,05) teor de umidade (75,40%) e cinzas (1,03%) quando comparado aos abatidos com 4,8 mm (72,78 e 0,96%, respectivamente). Bovinos do grupo genético LIZ apresentaram maiores concentrações (P < 0,05) de ácido eicosapentaenóico (0,45%) e ômega 3 (0,98%) em relação aos ZEB (0,18 e 0,62%, respectivamente) e ANZ (0,25 e 0,70%, respectivamente). A dieta composta por cana-de-açúcar resultou em maior (P < 0,05) deposição do ácido graxo palmitoléico (3,07%) em relação à dieta composta por silagem de sorgo (2,57%). Este resultado foi obtido em função da maior atividade da enzima ?9Dessaturase C16 nos bovinos alimentados com cana de açúcar. A silagem de sorgo proporcionou aumento (P < 0,05) na deposição do ácido 22:4 n-6 (0,14%) em comparação à cana de açúcar (0,10%). O grau de acabamento das carcaças não influenciou (P > 0,05) a composição dos ácidos graxos, com exceção para a razão ômega 6/ômega 3. O abate de bovinos com 3,4 mm de gordura de cobertura proporcionou melhor (P < 0,05) razão ômega 6/ômega 3 (7,33 vs. 8,63). A composição química e o perfil de ácidos graxos do músculo Longissimus de bovinos analisados neste estudo apresentam pouca variação em função dos grupos genéticos, dietas e graus de acabamentos.
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