Desempenho e características digestivas em bovinos leiteiros mantidos em regime de pastoreio suplementados com linhaça

Resumo

A linhaça destaca-se pela composição de ácidos graxos ricos em ácidos insaturados e por apresentar lenta liberação do óleo no rúmen. O presente estudo teve como objetivo avaliar o consumo, a degradabilidade ruminal e a digestibilidade em bovinos leiteiros mantidos em regime de pastoreio e suplementados com linhaça em grão. Foram utilizadas 12 vacas da raça Girolando (¾ Holandês x ¼ Gir) com idade media de 5,2 ± 1.9 anos com peso médio de 583.9 ± 67.6 kg, mantidas em sistema de pastoreio rotacionado de capim-mombaça (Panicum maximum) e divididas em 2 grupos experimentais. O grupo CONTR (n = 6) recebeu apenas a dieta base (pastagem) e o grupo LINS (n = 6) recebeu suplementação com 800 g/animal/dia de linhaça. Inicialmente foi realizado um período de adaptação de quinze dias para estabilização do consumo desejado. Após esse período os animais receberam 800 gramas de linhaça por 126 dias. A degradabilidade ruminal foi avaliada utilizando-se 2 machos fistulados no rúmen e submetidos a mesma dieta. A produção de matéria seca do capim não apresentou diferenças durante o período experimental. As vacas suplementadas com linhaça consumiram mais proteína bruta e extrato etéreo e tiveram menor consumo de fibra em detergente neutro, porém não foi suficiente para alterar o ganho de peso e os coeficientes de digestibilidade, exceto do extrato etéreo. Em nível ruminal a linhaça apresentou baixa degradabilidade efetiva e potencial, tendo efeito negativo sobre a degradabilidade do capim.