Ocorrência e fatores de risco para zoonoses em cães e proprietários no Sertão do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil

Autores

  • Annielle Regina da Fonseca Fernandes Universidade Federal de Campina Grande
  • Diego Figueiredo da Costa Universidade Federal de Campina Grande
  • Carla Lauise Rodrigues Menezes Pimenta Universidade Federal de Campina Grande
  • Kamila Nunes de Araújo Laboratório de Análises Clínicas Vet Lab
  • Raizza Barros Sousa Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Márcia Almeida Melo Universidade Federal de Campina Grande
  • Hélio Langoni Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Rinaldo Aparecido Mota Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Sérgio Santos Azevedo Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n3p1057

Palavras-chave:

Caninos, Tutores, Doenças transmissíveis, Epidemiologia.

Resumo

Foram investigados a soropositividade e os fatores de risco para leishmaniose visceral, doença de Chagas, toxoplasmose e leptospirose em 200 cães e 23 proprietários em um município do Sertão paraibano com histórico de casos humanos de leishmaniose visceral e toxoplasmose. Nos cães, foram encontradas frequências de 6% (IC 95% = 2,7% - 9,3%), 7,5% (IC 95% = 3,8% - 11,2%), 18% (IC 95% = 12,7% - 23,3%) e 14% (IC 95% = 9,2% - 18,8%) para leishmaniose visceral, doença de Chagas, toxoplasmose e leptospirose, respectivamente. A idade > 72 meses e habitar em ambiente de terra foram apontados como fatores de risco para infecção por Leishmania chagasi. A criação solta, ou seja, não domiciliado, foi considerada como fator de risco para infecção por Trypanosoma cruzi. Para toxoplasmose, as categorias criação solta e contato com gatos foram fatores de risco, enquanto que para leptospirose a dieta à base de ração comercial. Dos vinte e três proprietários que aceitaram participar da pesquisa, oito foram testados para leishmaniose, três para doença de Chagas, nove para toxoplasmose, 11 para leptospirose e cinco indivíduos foram testados para mais de uma doença. Apenas anticorpos anti-Toxoplasma gondii foram encontrados na população humana com frequência de 44,4% (4/9), e para as demais doenças todos os indivíduos foram negativos. Os resultados indicam que tais zoonoses estão presentes nos cães da região estudada, e nos proprietários apenas toxoplasmose foi verificada. Na análise de riscos sugere-se maiores cuidados com ambientes de terra onde são criados os cães e com o armazenamento da ração, e evitar animais soltos na rua.

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Biografia do Autor

Annielle Regina da Fonseca Fernandes, Universidade Federal de Campina Grande

Discente, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campus de Patos, Patos, PB, Brasil.

Diego Figueiredo da Costa, Universidade Federal de Campina Grande

Discente, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campus de Patos, Patos, PB, Brasil.

Carla Lauise Rodrigues Menezes Pimenta, Universidade Federal de Campina Grande

Discente, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campus de Patos, Patos, PB, Brasil.

Kamila Nunes de Araújo, Laboratório de Análises Clínicas Vet Lab

Médica Veterinária, Laboratório de Análises Clínicas Animal Vet Lab, Patos, PB, Brasil.

Raizza Barros Sousa Silva, Universidade Federal de Campina Grande

Discente, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campus de Patos, Patos, PB, Brasil.

Márcia Almeida Melo, Universidade Federal de Campina Grande

Profa, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, UFCG, Campus de Patos, Patos, PB, Brasil.

Hélio Langoni, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Prof., Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ, Universidade Estadual Paulista, UNESP, Campus de Botucatu, Botucatu, SP, Brasil.

Rinaldo Aparecido Mota, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Prof., Laboratório de Doenças Infectocontagiosas dos Animais Domésticos, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, Recife, PE, Brasil.

Sérgio Santos Azevedo, Universidade Federal de Campina Grande

Prof., Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, UFCG, Campus de Patos, Patos, PB, Brasil.

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Publicado

2018-05-04

Como Citar

Fernandes, A. R. da F., Costa, D. F. da, Pimenta, C. L. R. M., Araújo, K. N. de, Silva, R. B. S., Melo, M. A., Langoni, H., Mota, R. A., & Azevedo, S. S. (2018). Ocorrência e fatores de risco para zoonoses em cães e proprietários no Sertão do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 39(3), 1057–1066. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n3p1057

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