Salmonella Heidelberg resistente ao ceftiofur e desinfetantes rotineiramente utilizados na avicultura

Autores

  • Lenita Moura Stefani Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Gabriella Bassi das Neves Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Maiara Cristiane Brisola Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Regiane Boaretto Crecencio Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Eduarda Caroline Pick Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Denise Nunes Araujo Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n3p1029

Palavras-chave:

Ceftiofur, Desinfetante, Resistência, Saúde pública. S, Heidelberg.

Resumo

Bactérias do gênero Salmonella podem infectar o homem e animais domésticos, causando sérios problemas de saúde pública no mundo todo. Hoje, a Salmonella enterica serovar Heidelberg (SH) está entre os três sorovares mais comumente isolados de pessoas com salmonelose, e presente na cadeia produtiva avícola. Além disso, SH parece ser mais invasiva que outros sorovares que causam enterite. O perfil geral de resistência aos antimicrobianos de cepas brasileiras de SH ainda é desconhecido. Esta bactéria parece usar mecanismos de resistência aos antibióticos similares aos usados para desinfetantes, tais como a bomba de efluxo e a degradação enzimática de compostos químicos. Por isso, o objetivo deste trabalho foi de identificar a Concentração Mínima Inibitória (CMI) para o ceftiofur de isolados de SH oriundas de produtos avícolas diversos, bem como de verificar a relação entre resistência a antibióticos e desinfetantes. Além disso, o sistema de bomba de efluxo foi realizado usando o brometo de etídio para determinar se esse era o mecanismo de resistência utilizado. Os resultados do MIC indicaram altos níveis de resistência para ceftiofur, demonstrando a necessidade de formas alternativas para o tratamento da salmonelose. Desinfetantes routineiramente utilizados pela indústria avícola foram eficientes no combate da SH, porém um isolado mostrou-se resistente ao desinfetante glutaraldeído associado à amônia quaternária. Todos os isolados foram negativos para o sistema de bomba de efluxo, sugerindo que há outro mecanismo de resistência envolvido. É possível concluir que os isolados brasileiros de SH representam uma ameaça para a avicultura, e cautela deveria ser tomada na hora da escolha do antibiótico e do desinfetante a ser utilizado contra este sorovar.

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Biografia do Autor

Lenita Moura Stefani, Universidade do Estado de Santa Catarina

Profª Associada, Programa de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC, Chapecó, SC, Brasil.

Gabriella Bassi das Neves, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Doutorado, Programa de Pós-graduação Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular, UDESC, Lages, SC, Brasil.

Maiara Cristiane Brisola, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Mestrado, UDESC, Chapecó, SC, Brasil.

Regiane Boaretto Crecencio, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Mestrado, UDESC, Chapecó, SC, Brasil.

Eduarda Caroline Pick, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Mestrado, UDESC, Chapecó, SC, Brasil.

Denise Nunes Araujo, Universidade do Estado de Santa Catarina

Discente de Mestrado, UDESC, Chapecó, SC, Brasil.

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Publicado

2018-05-04

Como Citar

Stefani, L. M., Neves, G. B. das, Brisola, M. C., Crecencio, R. B., Pick, E. C., & Araujo, D. N. (2018). Salmonella Heidelberg resistente ao ceftiofur e desinfetantes rotineiramente utilizados na avicultura. Semina: Ciências Agrárias, 39(3), 1029–1036. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n3p1029

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