Sensibilidade e especificidade do ELISA indireto na detecção de anticorpos anti-BVDV em bovinos de corte criados no Estado do Pará

Autores

  • Rinaldo Batista Viana Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Aline do Socorro Lima Kzam Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Bruno Moura Monteiro Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Cláudio Cabral Campello Universidade Estadual do Ceará
  • Eliomar de Moura Sousa Universidade Federal Rural da Amazônia
  • Damazio Campos de Souza Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Liria Hiromi Okuda Instituto Biológico de São Paulo
  • Edviges Maristela Pituco Instituto Biológico de São Paulo
  • José Dantas Ribeiro Filho Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n5p3049

Palavras-chave:

Bovinos de corte, Diarreia viral, ELISA, Sensibilidade, Especificidade, Virusneutralização.

Resumo

Para se estabelecer a prevalência de anticorpos (Ac) anti-BVDV em rebanhos bovinos de corte no Estado do Pará e comparar a prevalência de animais soropositivos para o BVDV utilizando-se um kit comercial de ELISA-I (“Enzyme-linked Immunosorbent Assay” indireto) frente ao teste de VN (virusneutralização) e determinar a Se (sensibilidade) e Sp (especificidade) do ELISA-I para detecção de Ac anti-BVDV frente a VN, foram analisadas 400 amostras de soros sanguíneos de vacas Nelore com idade mínima superior a 24 meses, vacinadas contra brucelose e febre aftosa, provenientes de cinco fazendas no estado do Pará, localizadas em duas Mesorregiões (Metropolitana de Belém e do Nordeste Paraense). A pesquisa de Ac anti-BVDV determinados pela VN foi realizada no Laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico de São Paulo, conforme descrito no Manual of Diagnostic Tests and Vaccines for Terrestrial Animals. Foram utilizadas células epiteliais de rim bovino da linhagem Madin Darby Bovine Kidney - MDBK). Já as determinações dos Ac anti-BVDV pelo ELISA-I foram realizadas no Laboratório de Imunologia e Microbiologia da Universidade Federal Rural da Amazônia, conforme recomendações do fabricante. Os resultados verificados foram classificados como diagnóstico positivo correto (a), diagnóstico positivo incorreto (b), diagnóstico negativo correto (c), diagnóstico negativo incorreto (d), em função dos resultados obtidos na VN. A partir desses valores, calculou-se para o ELISA-I a sensibilidade [(a / a + d) x 100], a especificidade [(c / c + b) x 100], o valor preditivo positivo [(a / a + b) x 100] e o valor preditivo negativo [(c / c + d) x 100]. Foram determinadas as frequências (%) de animais positivos, tanto entre os testes (ELISA-I e VN) como entre as diferentes fazendas (1, 2, 3, 4 e 5). A estatística de inferência foi realizada com nível de significância de 5%. A prevalência de animais soropositivos foi diferente (P < 0,0001) entre os teste de VN [39,25% (157/400)] e ELISA-I [54,50% (218/400)]. Observou-se que os valores de Se e Sp do ELISA-I corresponderam a 98,72% e 74,07%, e que 25,93% (63/243) das amostras foram falso-positivas e 1,27% (2/157) falso-negativas. Concluiu-se que a infecção pelo BVDV está presente em rebanhos de corte do estado do Pará. Devido à rapidez, praticidade e alta sensibilidade do ELISA-I, sugere-se que este teste seja utilizado como teste de triagem para a detecção de Ac anti-BVDV, visando identificar os animais infectados de grandes rebanhos de bovinos de corte.

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Biografia do Autor

Rinaldo Batista Viana, Universidade Federal Rural da Amazônia

Prof., Instituto da Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia, UFRA, Belém, PA, Brasil.

Aline do Socorro Lima Kzam, Universidade Federal Rural da Amazônia

Médico Veterinário, Discentes de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia, UFRA, Belém, PA, Brasil.

Bruno Moura Monteiro, Universidade Federal Rural da Amazônia

Prof., UFRA, Campus de Paragominas Ufra, Paragominas, PA, Brasil.

Cláudio Cabral Campello, Universidade Estadual do Ceará

Prof., Faculdade de Veterinária, Universidade Estadual do Ceará, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Eliomar de Moura Sousa, Universidade Federal Rural da Amazônia

Médico Veterinário, Discentes de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia, UFRA, Belém, PA, Brasil.

Damazio Campos de Souza, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Pós-graduando Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho, campus de Jaboticabal, Unesp, Jaboticabal, SP, Brasil.

Liria Hiromi Okuda, Instituto Biológico de São Paulo

Pesquisadora, Laboratório de Viroses de Bovídeos, Instituto Biológico de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Edviges Maristela Pituco, Instituto Biológico de São Paulo

Pesquisadora, Laboratório de Viroses de Bovídeos, Instituto Biológico de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

José Dantas Ribeiro Filho, Universidade Federal de Viçosa

Prof., Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Viçosa, UFV, Viçosa, MG, Brasil.

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Publicado

2017-10-03

Como Citar

Viana, R. B., Kzam, A. do S. L., Monteiro, B. M., Campello, C. C., Sousa, E. de M., Souza, D. C. de, Okuda, L. H., Pituco, E. M., & Ribeiro Filho, J. D. (2017). Sensibilidade e especificidade do ELISA indireto na detecção de anticorpos anti-BVDV em bovinos de corte criados no Estado do Pará. Semina: Ciências Agrárias, 38(5), 3049–3058. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n5p3049

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