Instabilidade da expressão de descritores morfológicos e fenológicos à variação ambiental em aveia-branca

Autores

  • Jossana Santos Universidade de Passo Fundo
  • Simone Meredith Scheffer-Basso Universidade de Passo Fundo
  • Nadia Canali Lângaro Universidade de Passo Fundo
  • Sandra Patussi Brammer Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n2p683

Palavras-chave:

Avena sativa L, Morfologia, Fenologia, Interação genótipo x ambiente.

Resumo

Caracteres morfológicos e fenológicos são utilizados na seleção, cruzamentos e descrição de genótipos, sua instabilidade frente a alterações ambientais pode determinar o seu valor na etapa de proteção de cultivares. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de verificar a expressão de descritores morfológicos e fenológicos e, consequentemente, a dissimilaridade entre cultivares de aveia-branca (Avena sativa L.) em dois períodos de cultivo. Para isso, cinco cultivares, protegidas e oriundas de quatro obtentores e, aqui, codificadas (G1, G2, G3, G4 e G5), foram semeadas dentro do período recomendado para a cultura no sul do do Brasil (outono-hibernal) e fora desse período (hiberno-primaveril), com intervalo de quarenta dias. O experimento foi estabelecido em campo, em blocos casualizados, com três repetições. As cultivares foram avaliadas quanto a 42 descritores (15 quantitativos e 27 qualitativos). Os dados quantitativos foram submetidos à análise de variância, seguida da comparação de médias, e à análise multivariada, por meio da geração da distância euclidiana média. Os dados qualitativos foram submetidos à determinação da moda, seguida da obtenção do índice de similaridade. A relação entre as cultivares foi ilustrada por meio de dendrogramas. Foi calculado o índice de estabilidade dos descritores. A interação genótipo x ambiente foi observada em 28 descritores. A estabilidade de expressão, à alteração no período de cultivo, foi maior nos descritores qualitativos (44%), quando comparada aos quantitativos (7%). Os descritores qualitativos mais estáveis foram: cor do lema, pilosidade do nó superior, posição da folha-bandeira, pilosidade da base do grão, comprimento dos pelos basais do grão e comprimento da ráquila. O descritor quantitativo mais estável foi o comprimento da folha-bandeira. O atraso no período de cultivo da aveia-branca, de outono-hibernal para hiberno-primaveril, reduz o ciclo da cultura e modifica a expressão da maioria dos descritores, alterando a dissimilaridade fenotípica entre cultivares.

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Biografia do Autor

Jossana Santos, Universidade de Passo Fundo

Discente, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade de Passo Fundo, UPF, Passo Fundo, RS, Brasil.

Simone Meredith Scheffer-Basso, Universidade de Passo Fundo

Profª, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UPF, Passo Fundo, RS, Brasil.

Nadia Canali Lângaro, Universidade de Passo Fundo

Profª, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UPF, Passo Fundo, RS, Brasil.

Sandra Patussi Brammer, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisadora, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, Passo Fundo, RS, Brasil.

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Publicado

2017-05-02

Como Citar

Santos, J., Scheffer-Basso, S. M., Lângaro, N. C., & Brammer, S. P. (2017). Instabilidade da expressão de descritores morfológicos e fenológicos à variação ambiental em aveia-branca. Semina: Ciências Agrárias, 38(2), 683–698. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n2p683

Edição

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