Avaliação da eficácia da tintura etanólica de guaco (Mikania glomerata) no controle da podridão negra (Xanthomonas campestris pv. campestris) em couve-flor

Autores

  • Sandra Cristina Vigo-Schultz Universidade Estadual Paulista
  • José Renato Stangarlin Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Gilmar Franzener Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Roberto Luiz Portz Universidade Técnica de Munique
  • Odair José Kuhn Universidade de São Paulo
  • Kátia Regina Freitas Schwan-Estrada Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n4p515

Palavras-chave:

Controle alternativo, Peroxidase, Plantas medicinais, Fisiologia do parasitismo.

Resumo

Com a prática da irrigação e novos híbridos de couve-flor, é possível produzir durante todo o ano e com alta produtividade. Mas, a cultura tem sido afetada por doenças a exemplo da podridão negra causada por Xanthomonas campestris pv. campestris, fomentando novas pesquisas para seu controle. Com o objetivo de verificar o potencial de Mikania glomerata no controle dessa doença, a tintura etanólica 50 oGL dessa planta medicinal foi avaliada quanto: atividade ntimicrobiana in vitro através do crescimento bacteriano em tubos de ensaio contendo 100, 250, 500 e 1000 mg L-1 da tintura; indução de resistência local ou sistêmica em plantas de couve-flor aos 25 dias de idade, em casa de vegetação, através da pulverização de tintura oncomitantemente e três dias antes da inoculação com o patógeno, sendo água e calda bordaleza tratamentos controle; atividade de peroxidases em folhas tratadas e não tratadas de couve-flor, colhidas concomitantemente e as 24, 48 e 72 h da pulverização da tintura e, após pulverizaçãoinoculação. A tintura etanólica, in vitro, promoveu inibição no crescimento bacteriano, a partir da concentração de 250 mg L-1. Nas concentrações de 500 mg L-1 e 1000 mg L-1 foram observadas, respectivamente, 24% e 38% de inibição do crescimento bacteriano. Nas plantas de couve-flor foi observada redução da doença apenas em folhas tratadas com 100 e 500 mg L-1 de tintura, plicada concomitantemente à inoculação, comportamento este semelhante ao da calda bordaleza, ndicando que o controle através da tintura de guaco é através de atividade antimicrobiana direta. Ficou indicado que a indução de peroxidases ocorreu devido ao processo infeccioso e não em função dos tratamentos com tintura etanólica de guaco. Estes resultados indicam o potencial da tintura de guaco para o controle preventivo da podridão negra em couve-flor.

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Biografia do Autor

Sandra Cristina Vigo-Schultz, Universidade Estadual Paulista

Doutoranda em Agronomia (Proteção de Plantas), Departamento de Defesa Fitossanitária, Faculdade de Ciências Agronômicas,UNESP, Botucatu, SP. Bolsista da Capes.

José Renato Stangarlin, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Professor Adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Centro de Ciências Agrárias, Rua Pernambuco1777, Caixa Postal 1008, CEP 85960-000, Marechal Cândido Rondon, PR.

Gilmar Franzener, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Técnico de Laboratório da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Centro de Ciências Agrárias, Mal. CândidoRondon, PR.

Roberto Luiz Portz, Universidade Técnica de Munique

Doutorando da Universidade Técnica de Munique, Alemanha.

Odair José Kuhn, Universidade de São Paulo

Doutorando do Setor de Fitopatologia da ESALQ/USP, Piracicaba, SP.

Kátia Regina Freitas Schwan-Estrada, Universidade Estadual de Maringá

Professora Adjunta do Departamento de Agronomia, Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, PR. Bolsista deProdutividade em Pesquisa do CNPq.

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Publicado

2006-07-30

Como Citar

Vigo-Schultz, S. C., Stangarlin, J. R., Franzener, G., Portz, R. L., Kuhn, O. J., & Schwan-Estrada, K. R. F. (2006). Avaliação da eficácia da tintura etanólica de guaco (Mikania glomerata) no controle da podridão negra (Xanthomonas campestris pv. campestris) em couve-flor. Semina: Ciências Agrárias, 27(4), 515–524. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n4p515

Edição

Seção

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