Avaliação do efeito da suplementação terapêutica com probiótico em cães filhotes com gastrenterite hemorrágica
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n3p453Palavras-chave:
Cão, Probiótico, Gastrenterite hemorrágica, Parvovirose.Resumo
A gastrenterite hemorrágica (GHE) é uma afecção comum em filhotes de cães, e motivo freqüente de internação e mortalidade. Considerando que probióticos têm sido apontados como benéficos no tratamento destes pacientes, avaliamos o impacto da inclusão de probiótico à base de Lactobacilus acidophillus em 100 filhotes de cães com GHE, distribuídos em dois grupos de 50 indivíduos. Os cães do grupo 1 (G1), além da terapia indicada para GEH, constituída de fluido e antibiótico terapia e antiemético, receberam, por via oral, probiótico. Para os animais do grupo 2 (G2) foi adotada apenas a terapêutica convencional. Foram quantificadas as partículas virais nas fezes, pela aglutinação (HA) e os anticorpos (Ac) anti-parvovírus por inibição da hemaglutinação. Foram registradas a duração da internação e a tolerância dos animais ao probiótico. A excreção viral nas fezes pelos animais de ambos os grupos foi semelhante no momento da internação (P = 0,746) e da alta hospitalar (P = 0,294). Entretanto, no G1 a excreção foi significativamente menor no momento da alta (p < 0,001). O período de internamento variou de um a 15 dias no G1 e de um a 10 dias no G2 (P = 0,70). A taxa de mortalidade no G1 foi de 37,50% (18/48) e de 26% (13/50) no G2 (P = 0,49). A aceitação do probiótico variou de regular a ótima em 95% das administrações, porém, os animais que foram a óbito demonstraram intolerância. Com estas observações não foi estabelecida relação entre a administração de probiótico e recuperação da doença, abreviação do período de internação ou ao aumento da resposta humoral. Porém, a suplementação reduziu a excreção fecal de vírus, o que é benéfico quando se considera a menor disseminação do vírus no ambiente.
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