Formação de agregados e matéria orgânica do solo sob diferentes tipos de vegetação na Floresta Atlântica do Sudeste do Brasil

Autores

  • Eduardo Carvalho da Silva Neto Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Marcos Gervasio Pereira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Júlio César Feitosa Fernandes Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Thais Andrade Corrêa Neto Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n6p3927

Palavras-chave:

Agregação, Floresta atlântica, Carbono orgânico, Frações oxidáveis.

Resumo

Mudanças no uso e manejo do solo podem afetar os processos de agregação, incluindo a formação de agregados por processos biogênicos e fisiogênicos. O objetivo deste estudo foi analisar a gênese de agregados por diferentes vias de formação, bem como atributos físicos e químicos dos agregados formados por essas vias em áreas com diferentes coberturas vegetais. Foram coletadas amostras de solo indeformadas na camada de 0-10 cm em áreas de floresta secundária com diferentes estádios sucessionais e uma área de pastagem. Para identificar as vias de agregação foram usados padrões morfológicos propostos por Bullock et al. (1985) e estabeleceu-se três grupos: fisiogênicos, biogênicas e intermediários. Os agregados foram analisados quanto à estabilidade em água, cátions trocáveis, teor de carbono orgânico total (COT) e frações oxidáveis do carbono orgânico total. Em todas as áreas avaliadas a porcentagem de agregados fisiogênicos foi maior do que a de agregados biogênicos e intermediários. Os agregados biogênicos foram encontrados em quantidade menor, com as maiores médias de Diâmetro Médio Ponderado (4.520 milímetros e 4.896 milímetros) e Diâmetro Médio Geométrico (3.678 milímetros e 4.479 milímetros) nas áreas de Floresta Secundária Estádio Avançado (FSEA) e Pasto Misto Manejado (PMM). Os agregados biogênicos apresentaram níveis mais elevados de K e P entre as classes morfológicas em todas as áreas estudadas, com os níveis de fósforo mais elevados na área de FSEA. O conteúdo COT também foi maior nos agregados biogênicos em todas as áreas de estudo, com 22.33 g kg-1 na FSEA, 25.60 g kg-1 na Floresta Secundária Estadio Médio (FSEM), 24.74 g kg-1 na Floresta Secundária Estadio Inicial (FSEI) e 20.28 g kg-1 em PMM. O maior teor de frações F1 (6.93 g kg-1) e F2 (7.43 g kg-1) foram encontrados na classe biogênica em comparação com agregados intermediários e fisiogênicos. O processo de agregação biológica é provavelmente o processo mais eficiente em termos de estabilidade estrutural do solo e sequestro de carbono e os agregados biogênicos podem ser considerados indicadores da qualidade do solo.

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Biografia do Autor

Eduardo Carvalho da Silva Neto, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Discente do Curso de Graduação em Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ, Seropédica, RJ, Brasil.

Marcos Gervasio Pereira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Prof. Titular, UFRRJ, Departamento de Solos, Seropédica, RJ, Brasil.

Júlio César Feitosa Fernandes, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Discente do Curso de Graduação em Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ, Seropédica, RJ, Brasil.

Thais Andrade Corrêa Neto, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Discente de Pós-Doutorado, UFRRJ, Departamento de Solos, Seropédica, RJ, Brasil.

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Publicado

2016-12-14

Como Citar

Silva Neto, E. C. da, Pereira, M. G., Fernandes, J. C. F., & Corrêa Neto, T. A. (2016). Formação de agregados e matéria orgânica do solo sob diferentes tipos de vegetação na Floresta Atlântica do Sudeste do Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 37(6), 3927–3940. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n6p3927

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