Diversidade genética de populações naturais de dourado à jusante e montante da Cachoeira Branca, rio Verde – MS (Brasil): uma visão inicial
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n1p507Palavras-chave:
Conservação genética, RAPD, Salminus brasiliensis, Usina hidrelétrica, Variabilidade GenéticaResumo
As usinas hidrelétricas são responsáveis por gerar a maioria da energia elétrica utilizada no Brasil, entretanto, suas construções podem gerar entraves ambientais, entre eles a interrupção da migração de peixes. O presente estudo foi realizado no período anterior a construção da UHE São Domingos sobre o eixo da cachoeira Branca, no rio Verde – Mato Grosso do Sul (Brazil), e teve como objetivo avaliar a diversidade genética de duas populações naturais de dourado (Salminus brasiliensis) localizadas à jusante (População A - PopA) e montante (População B - PopB) da cachoeira. Foram utilizados oito iniciadores para analisar 56 indivíduos (PopA: 26; PopB: 30). Observaram-se um total de 102 fragmentos, dos quais 86 foram polimórficos (84,3%). Foram identificados fragmentos de baixa frequência (PopA: 2; PopB: 1), três fragmentos limitantes (PopA) e três fragmentos exclusivos (PopB). A variabilidade genética intra-populacional calculada com o índice de Shannon e pela porcentagem de fragmentos polimórficos mostrou altos valores de variabilidade dentro de cada população (PopA: 0,300 e 60,80% e PopB: 0,411 e 79,40%, respectivamente). A distância e identidade genética mostraram uma alta diferenciação genética (0,076 e 0,927, respectivamente). As duas populações apresentaram alta variabilidade genética intra-populacional e alta diferenciação e distância genética entre si, com baixo fluxo gênico. Conclui-se que a UHE São Domingos deve realizar uma transposição controlada dos peixes para manter a variabilidade genética entre as populações.
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