Dinâmica da infecção natural pelo Anaplasma marginale em vacas e bezerros da raça Holandesa, na região de Londrina, Estado do Paraná, Brasil

Autores

  • Richard C. Pacheco Universidade de São Paulo
  • Odilon Vidotto Universidade Estadual de Londrina
  • Kátia Tamekuni Universidade Estadual de Londrina
  • Michelle Igarashi Universidade Estadual de Londrina
  • Paula Kawasaki Universidade Estadual de Londrina
  • Leonardo B. Prudêncio Universidade Estadual de Londrina
  • Elizabeth R. M. Marana Universidade Estadual de Londrina
  • Ademir Luz Pereira Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2004v25n3p235

Palavras-chave:

Anaplasma marginale, Celisa, PCR, Vacas holandesas, Bezerros.

Resumo

A dinâmica da infecção por Anaplasma marginale em vacas e bezerros da raça Holandesa foi estudada em duas propriedades leiteiras (A e B) com manejos distintos da região Norte do Paraná. Na propriedade A as vacas eram mantidas no sistema “tie-stall” e, os bezerros em bezerreiros coletivos; na propriedade B, as vacas em sistema “free-stall” e os bezerros em gaiolas individuais. A cada 15 dias efetuou-se a contagem de carrapatos e coletas de amostras de sangue das vacas e seus respectivos bezerros. As vacas foram monitoradas dos 45 dias antes até 60 dias após o parto, e seus bezerros, do nascimento até 240 dias de idade. A parasitemia foi determinada em esfregaços sangüíneos corados pelo Giemsa. O sangue total e as amostras de soro obtidas foram submetidos, respectivamente, as técnicas da PCR e cELISA. Nas vacas os níveis de imunoglobulinas diminuíram próximo ao parto, além de apresentarem uma dinâmica de anticorpos diferentes entre as duas propriedades. Na propriedade A os níveis de anticorpos aumentou entre 30 e 60 dias após o parto e na B os anticorpos permaneceram em níveis baixos no período de monitoramento das vacas. Os níveis de anticorpos dos bezerros da propriedade A que não eram altos no dia do nascimento, diminuíram ainda mais até 45 dias pós-parto e voltou a crescer a partir de 60 dias, com pico máximo aos 105 dias. Na propriedade B, onde os bezerros apresentavam níveis mais elevados de anticorpos no primeiro dia de vida, houve uma diminuição mais demorada dos níveis, alcançando o ponto mais baixo aos 75 dias pós-parto e voltou a crescer bem mais tardiamente, aos 165 dias de idade. Pela PCR, detectou-se A. marginale no sangue de bezerros das duas propriedades, a partir dos 45 dias de vida, com a maioria das amostras de sangue positivas entre 105 e 180 dias. As vacas e bezerros de ambas as propriedades foram expostos ao carrapato Boophilus microplus durante grande parte do período de monitoramento e mostraram parasitemia variando de 0 a 1%. A infecção natural dos bezerros pelo A. marginale após o nascimento foi mais dependente dos níveis de anticorpos colostrais absorvidos do que da intensidade da infestação pelo B. microplus. As diferenças de manejo existentes nas duas propriedades influenciaram os níveis de anticorpos das vacas e bezerros e o período de infecção natural dos bezerros.

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Biografia do Autor

Richard C. Pacheco, Universidade de São Paulo

Pós-Graduando em Epidemiologia Experimental e Aplicada às Zoonoses, nível Doutorado, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Odilon Vidotto, Universidade Estadual de Londrina

Professor Dr. Universidade Estadual de Londrina (UEL), Centro de Ciências Agrárias (CCA), Departamento de Medicina VeterináriaPreventiva (DMVP), Campus Universitário, Cx Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina, Paraná, Brasil.

Kátia Tamekuni, Universidade Estadual de Londrina

Pós-Graduando em Ciência Animal, nível Mestrado, área de Sanidade Animal, UEL, CCA, DMVP.

Michelle Igarashi, Universidade Estadual de Londrina

Pós-Graduando em Ciência Animal, nível Mestrado, área de Sanidade Animal, UEL, CCA, DMVP.

Paula Kawasaki, Universidade Estadual de Londrina

Pós-Graduando em Ciência Animal, nível Mestrado, área de Sanidade Animal, UEL, CCA, DMVP.

Leonardo B. Prudêncio, Universidade Estadual de Londrina

Pós-Graduando em Ciência Animal, nível Mestrado, área de Sanidade Animal, UEL, CCA, DMVP.

Elizabeth R. M. Marana, Universidade Estadual de Londrina

Pós-Graduando em Ciência Animal, nível Mestrado, área de Sanidade Animal, UEL, CCA, DMVP.

Ademir Luz Pereira, Universidade Estadual de Londrina

Professor Dr. Universidade Estadual de Londrina (UEL), Centro de Ciências Agrárias (CCA), Departamento de Medicina VeterináriaPreventiva (DMVP), Campus Universitário, Cx Postal 6001, CEP 86051-990, Londrina, Paraná, Brasil.

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Publicado

2004-05-19

Como Citar

Pacheco, R. C., Vidotto, O., Tamekuni, K., Igarashi, M., Kawasaki, P., Prudêncio, L. B., Marana, E. R. M., & Pereira, A. L. (2004). Dinâmica da infecção natural pelo Anaplasma marginale em vacas e bezerros da raça Holandesa, na região de Londrina, Estado do Paraná, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 25(3), 235–244. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2004v25n3p235

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