Criopreservação do sêmen de Prochilodus brevis: meios de congelação e taxas de descongelação

Autores

  • Larissa Teixeira Nunes Universidade Estadual do Ceará
  • Mayara Setubal Oliveira Universidade Estadual do Ceará
  • Júlia Trugilio Lopes Universidade Estadual do Ceará
  • Maria Eduarda Magalhães de Souza Universidade Estadual do Ceará
  • Romulo Roberto Ribeiro Pinheiro Universidade Estadual do Ceará
  • Cláudio Cabral Campello Universidade Estadual do Ceará
  • Carminda Sandra Brito Salmito-Vanderley Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1643

Palavras-chave:

Agente crioprotetor, Curimatã comum.

Resumo

O Prochilodus brevis é um peixe reofílico, importante componente do ecossistema fluvial e apreciado na culinária nordestina. No entanto, ações antrópicas têm ameaçado sua sobrevivência. Desta forma, surge, nos pesquisadores, o interesse no desenvolvimento de protocolos de conservação do material genético, como a criopreservação seminal. Logo, a determinação do meio de congelação e da taxa de descongelação adequados, são passos fundamentais que possibilitarão a utilização dessa biotecnologia na produção de curimatã comum, reduzindo os riscos à sua sobrevivência. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de diferentes meios de congelação e taxas de descongelação sobre a qualidade do sêmen criopreservado de P. brevis. Para isso, 18 horas antes da coleta de sêmen, os machos receberam dose única de extrato hipofisário de carpa. Cada animal foi sedado com solução à base de eugenol e o sêmen foi coletado. As amostras foram diluídas em quatro meios de congelação (5% Glicose + Metilglicol 10%; 5% Glicose + DMSO 10%; 0,9% NaCl + Metilglicol 10%; 0,9% NaCl + DMSO 10%) envasadas em palhetas de 0,25 mL e congeladas em vapor de nitrogênio líquido. O sêmen foi descongelado após sete dias em três taxas de descongelação: 25 °C 30 s-1; 30 °C 16 s-1; 40 °C 12 s-1. Foram feitas as análises de motilidade, vitalidade e morfologia com auxílio de sistema automatizado de análise seminal (CASA). As características do sêmen in natura assemelharam-se, em sua maioria, às encontradas na literatura. Para os parâmetros analisados, o sêmen in natura apresentou qualidade seminal superior a todos os tratamentos com o sêmen criopreservado (p < 0,05), exceto para a morfologia normal, no sêmen criopreservado em Glicose e MG, que não diferiu estatisticamente do sêmen in natura (p > 0,05). Para o sêmen criopreservado, os maiores índices foram alcançados quando se utilizou DMSO e as taxas de descongelação de 30 °C 16 s-1 ou 40 °C 12 s-1. Quanto à análise morfológica, a maior porcentagem de espermatozoides normais foi obtida utilizando as taxas de 25 °C 30 s-1 e 40 °C 12 s-1, independente do meio de congelação. A qualidade seminal sofre interferência do meio de congelação, bem como da interação entre seus componentes (diluente e crioprotetor) e da taxa de descongelação empregada. Sob as condições metodológicas empregadas, recomenda-se a criopreservação do sêmen de P. brevis em 5% Glicose + DMSO 10% e descongelação a 30 °C durante 16 segundos ou 40 °C durante 12 segundos.

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Biografia do Autor

Larissa Teixeira Nunes, Universidade Estadual do Ceará

Discente do Curso de Doutorado, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Mayara Setubal Oliveira, Universidade Estadual do Ceará

Discente do Curso de Doutorado, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Júlia Trugilio Lopes, Universidade Estadual do Ceará

Discente do Curso de Doutorado, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Maria Eduarda Magalhães de Souza, Universidade Estadual do Ceará

Discente do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Romulo Roberto Ribeiro Pinheiro, Universidade Estadual do Ceará

Discente do Curso de Graduação em Ciências Biológicas, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Cláudio Cabral Campello, Universidade Estadual do Ceará

Prof. Dr., da Faculdade de Veterinária, UECE, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Carminda Sandra Brito Salmito-Vanderley, Universidade Estadual do Ceará

Profa Dra do Curso de Ciências Biológicas, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

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Publicado

2016-06-22

Como Citar

Nunes, L. T., Oliveira, M. S., Lopes, J. T., Souza, M. E. M. de, Pinheiro, R. R. R., Campello, C. C., & Salmito-Vanderley, C. S. B. (2016). Criopreservação do sêmen de Prochilodus brevis: meios de congelação e taxas de descongelação. Semina: Ciências Agrárias, 37(3), 1643–1654. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1643

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