Ativação da resistência sistêmica adquirida em citros para controle do huanglongbing

Autores

  • Thiago Zanoni Bagio Universidade Estadual de Londrina
  • Marcelo Giovanetti Canteri Universidade Estadual de Londrina
  • Thales Pereira Barreto Syngenta
  • Rui Pereira Leite Júnior Instituto Agronômico do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n4p1757

Palavras-chave:

Acibenzolar-S-metil, Candidatus Liberbacter asiaticus, Citrus spp., Imidaclopride, Neonicotinóides, Tiametoxam.

Resumo

Huanglongbing (HLB) é considerada a mais destrutiva doença para a citricultura, e ocorre nos principais países produtores de citros ao redor do mundo. No Brasil, o HLB está associado às bactérias ‘Candidatus’ Liberibacter asiaticus (CLas) e ‘Candidatus’ Liberibacter americanus (Clam), sendo a primeira espécie a mais agressiva e disseminada nos pomares brasileiros. Atualmente, não existe controle curativo para esta doença, sendo a erradicação de plantas doentes e o controle do inseto vetor as medidas básicas para o manejo do HLB. A busca por outras medidas de maior eficiência e de menor impacto econômico e ambiental para o controle do HLB tem se tornado prioridade para diversos grupos de pesquisa. A utilização de produtos que ativam os mecanismos de resistência das plantas é uma das principais linhas de investigação. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar produtos indutores da resistência sistêmica adquirida (RSA) para controle do HLB. Mudas de laranja Valência (Citrus sinensis (L.) Osbeck), enxertadas sobre limão Cravo (Citrus limonia Osbeck) foram inoculadas com CLas pela enxertia de borbulhas provenientes de plantas com HLB, sete dias após o primeiro tratamento com indutores da RSA. Os tratamentos consistiram na aplicação, via solo, de imidaclopride (IMI), tiametoxam (TMX) ou acibenzolar-S-metil (ASM), e também da combinação do ASM com os neonicotinóides IMI e TMX. As plantas foram avaliadas com base na manifestação de sintomas de HLB e na presença da bactéria nas plantas cítricas. A presença da bactéria CLas foi determinada utilizando a técnica de PCR, aos 120, 180, 240 e 300 dias após a inoculação das plantas cítricas. Os primeiros sintomas de HLB foram observados em folhas maduras das plantas controle 60 dias antes do que nas plantas tratadas com os neonicotinóides IMI e TMX e o indutor de resistência ASM. Dois anos após a inoculação, foram observadas 67% menos plantas com sintomas de HLB no tratamento com ASM + TMX do que no controle. Plantas cítricas tratadas com IMI, TMX ou ASM também apresentaram menores índices de presença da bactéria do HLB nos testes de PCR do que plantas não tratadas.

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Biografia do Autor

Thiago Zanoni Bagio, Universidade Estadual de Londrina

Engº Agrº, M.e Discente do Curso de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Marcelo Giovanetti Canteri, Universidade Estadual de Londrina

Engº Agrº, Prof. Dr., Curso de Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Thales Pereira Barreto, Syngenta

Engº Agrº, M.e, Syngenta, Vitória, ES, Brasil.

Rui Pereira Leite Júnior, Instituto Agronômico do Paraná

Engº Agrº, Dr. Pesquisador, Instituto Agronômico do Paraná, IAPAR, Londrina, PR, Brasil.

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Publicado

2016-08-30

Como Citar

Bagio, T. Z., Canteri, M. G., Barreto, T. P., & Leite Júnior, R. P. (2016). Ativação da resistência sistêmica adquirida em citros para controle do huanglongbing. Semina: Ciências Agrárias, 37(4), 1757–1766. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n4p1757

Edição

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