Estudo retrospectivo de cães portadores de ruptura do ligamento cruzado cranial: 32 casos (2006 a 2012)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n3p1409Palavras-chave:
Claudicação, Doença articular degenerativa, Osteoartrose, Joelho.Resumo
A ruptura do ligamento cruzado cranial (RLCCr) é uma das lesões mais comuns no cão e a maior causa de doença articular degenerativa (DAD) do joelho. Os animais não tratados exibem DAD dentro de poucas semanas e alterações graves dentro de poucos meses. A gravidade da degeneração parece ser diretamente proporcional ao porte e idade. Doenças articulares inflamatórias sistêmicas são associadas com a ruptura deste ligamento. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a população de cães acometidos de RLCCr segundo os seguintes fatores: tipo de claudicação, ruptura ligamentar uni ou bilateral, raça, idade, sexo, estado reprodutivo, dieta, peso corporal, presença de DAD e luxação patelar anteriores à RLCCr. A base dos dados foi a análise de prontuários de 32 cães com RLCCr no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2012. Os resultados mostram que a maioria (56,25%) apresentava claudicação de apoio no momento da consulta. A RLCCr unilateral foi a mais frequente (90,62%), 13,8% dos casos apresentaram RLCCr no membro contralateral, após um período médio de 2 anos e 4 meses. A raça de maior ocorrência foi o Poodle toy (21,9%) e Pitbull (18,75%); cães sem raça definida foram responsáveis por 12,5% dos casos. As idades com maior frequência foram 2, 3, 4 e 7 anos (média = 5,7 anos). Com relação ao sexo e estado reprodutivo, as fêmeas (68,75%) e animais não castrados (69%) foram mais acometidos. Quanto à dieta, a maioria (59,38%) ingeria dieta comercial. Em relação ao peso dos pacientes, a maioria (25%) pesava entre 26 e 35 kg. DAD e luxação patelar anteriores à RLCCr foram vistos em 53,12% e 21,88% respectivamente. Pode-se observar que os dados em nosso meio tendem a se assemelhar com a literatura consultada: ocorrência de RLCCr em animais adultos de grande porte, pesando entre 26 e 35 kg com ruptura unilateral e claudicação de apoio, sendo a fêmea mais representativa. Animais que recebem dieta comercial e não são castrados foram mais acometidos. Luxação patelar anterior à RLCCr foi percebida na minoria dos animais, diferentemente da DAD anterior à RLCCr, que foi vista na maioria dos casos.
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