Viabilidade econômica de tourinhos terminados em confinamento alimentados com diferentes teores de caroço de algodão em dietas elaboradas com co-produtos agroindustriais
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2014v35n4Suplp2673Palavras-chave:
Custo operacional, Ganho médio diário, Receita líquida.Resumo
Avaliou-se a viabilidade econômica da utilização de rações contendo diferentes teores de caroço de algodão - CRA (0%; 10%; 20% e 30%), em tourinhos confinados. As rações continham 85% de concentrado (casca do grão de soja e farelo de soja) e 15% de volumoso (bagaço de cana-de-açúcar hidrolisado). Foram utilizados 32 tourinhos da raça Nelore, com idade média de 36 meses e com peso corporal (PC) inicial de 424 ± 25 kg, confinados por 90 dias. Foi utilizado delineamento experimental inteiramente casualizado. Os dados de ganho médio diário (GMD) dos diferentes tratamentos foram submetidos à análise de variância e as diferenças obtidas foram analisadas por equação de regressão a 5% de significância. Os diferentes teores de CRA não alteram (p>0,05) o GMD dos tourinhos em terminados em confinamento. A diferença obtida no valor da receita total por carcaça foi de R$ 50,60 entre os níveis de 0% e 10% de CRA e de R$ 44,16 para os níveis 0% e 30% de CRA. Foi verificado que os tourinhos alimentados com o nível com 30% de CRA apresentaram uma variação de 75% a mais na receita (R$) kg-1 de carcaça em relação ao nível com 0% de CRA, ou seja, uma diferença de R$ 0,58 kg-1 de carcaça entre esses níveis, respectivamente, o que gerou uma diferença de R$ 5.623,80 entre a receita líquida por mês para o nível de 0% de CRA (R$ 941,37) e o nível de 30% de CRA (R$ 6.565,17). A ração com 30% de CRA apresentou um custo de R$ 0,08 kg-1 menor em relação à ração com 0% de CRA. Portanto a utilização de até 30% de CRA na alimentação de tourinhos confinados mantém o GMD e pode gerar uma receita líquida mês-1 maior em 85% em relação a rações sem caroço de algodão.
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