Resíduos de agrotóxicos em leites pasteurizados orgânicos e convencionais

Autores

  • Vanusa Granella Universidade Federal de Santa Maria
  • Cristiane Grigoletto Ventorini Universidade Federal de Santa Maria
  • Giane Magrini Pigatto Universidade Federal de Santa Maria
  • José Laerte Nörnberg Universidade Federal de Santa Maria
  • Ijoni Hilda Costabeber Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n4p1731

Palavras-chave:

Leite, Leite orgânico, Qualidade de leite, Manejo orgânico, Limite máximo de resíduo, Método QuEChERS.

Resumo

 

A produção de leite orgânico vem ganhando destaque como resposta à demanda global do mercado por produtos ecológicos. São escassos os dados sobre este produto no Brasil. O objetivo do estudo foi verificar a contaminação por resíduos químicos de leites pasteurizados orgânicos e convencionais comercializados em três Estados brasileiros. Foram analisadas cinco marcas de leite pasteurizado orgânico certificadas e cinco marcas de leite pasteurizado convencional. As amostras foram submetidas à determinação de 88 compostos (79 agrotóxicos e 9 medicamentos veterinários). Para a extração dos analitos aplicou-se o método QuEChERS modificado. Para identificação e quantificação dos resíduos utilizou-se Cromatografia Líquida Acoplada à Espectrometria de Massas em Série (LC-MS/ MS). Os resultados mostraram que tanto o leite orgânico quanto o convencional apresentaram apenas contaminação por agrotóxicos. Das 56 amostras obtidas, cinco (8,9%) continham resíduos de agrotóxicos, sendo que destas, três eram amostras de leite orgânico (duas foram positivas para clomazone e uma para clorpirifós). Nas duas amostras positivas do leite convencional, em uma detectou-se monocrotofós e em outra clorpirifós. Embora tenha havido baixa frequência de amostras positivas e três dos agrotóxicos detectados estavam abaixo dos limites de quantificação, os dados encontrados preocupam, pois o monocrotofós teve seu uso proibido no Brasil e o clorpirifós apresentou concentrações acima do limite estabelecido pela legislação vigente, indicando irregularidades. Esses resultados reafirmam a importância dos programas de monitoramento de agrotóxicos e contaminantes químicos no leite, visto que o leite é um dos alimentos de origem animal mais consumidos no país. Também demonstram que a produção orgânica de leite não está em conformidade com a legislação vigente.

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Biografia do Autor

Vanusa Granella, Universidade Federal de Santa Maria

Discente de Doutorado em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Santa Maria, RS.

Cristiane Grigoletto Ventorini, Universidade Federal de Santa Maria

Discente de Graduação do Curso de Farmácia, UFSM, Santa Maria, RS.

Giane Magrini Pigatto, Universidade Federal de Santa Maria

Discente de Mestrado em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, UFSM, Santa Maria, RS.

José Laerte Nörnberg, Universidade Federal de Santa Maria

Prof. Dr. do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, UFSM, Santa Maria, RS. -mail:

Ijoni Hilda Costabeber, Universidade Federal de Santa Maria

Prof. Dr. do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, UFSM, Santa Maria, RS.

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Publicado

2013-08-30

Como Citar

Granella, V., Ventorini, C. G., Pigatto, G. M., Nörnberg, J. L., & Costabeber, I. H. (2013). Resíduos de agrotóxicos em leites pasteurizados orgânicos e convencionais. Semina: Ciências Agrárias, 34(4), 1731–1740. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n4p1731

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