Imaginário e simbólico em pacientes com câncer: análise de duas narrativas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2006v11n2p65

Palavras-chave:

Imaginário, Simbólico, Pacientes com câncer

Resumo

O presente artigo apresenta uma discussão feita a partir de dois casos que se apresentaram como paradigmáticos das relações entre o imaginário e o simbólico em doentes com câncer. A pesquisa foi feita num hospital público de Curitiba, e teve como objetivo analisar as formas de sociabilidade entre pacientes com longos períodos de internamento. A discussão desses dois casos separados dos demais se deve ao fato de suas falas ilustrarem com clareza a função do imaginário entre doentes de câncer e as dificuldades de simbolização da doença e da morte. No primeiro caso a paciente fica presa ao imaginário; no segundo, temos uma travessia para o simbólico, ou seja, o paciente que num primeiro momento se encontra submetido às pressões do imaginário, num segundo consegue simbolizar a doença e seus efeitos.

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Biografia do Autor

José Miguel Rasia, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Professor da Universidade Federal do Paraná - UFPR.

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Publicado

2006-12-15

Como Citar

RASIA, J. M. Imaginário e simbólico em pacientes com câncer: análise de duas narrativas. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 11, n. 2, p. 65–82, 2006. DOI: 10.5433/2176-6665.2006v11n2p65. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/8981. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê