Silvestre Pinheiro Ferreira e a construção das instituições administrativas e políticas do império Luso-Brasileiro (1815-1821)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2021v26n1p108

Palavras-chave:

Silvestre Pinheiro Ferreira, Regência joanina, Pensamento político luso-brasileiro

Resumo

Este artigo retrata perspectivas das análises administrativas e políticas constantes nas obras do filósofo lisboeta Silvestre Pinheiro Ferreira (1769- 1846) escritas no período joanino (1808-1821). Coetâneo dos intelectuais e políticos que presenciaram os efeitos da Revolução de Independência Americana (1776) e da Revolução Francesa (1789), o autor participou das discussões referentes às teorias da representação política que organizaram a estrutura institucional dos Estados constitucionais modernos. As obras analisadas são de fases distintas da regência (1799-1815) e do reinado (1816- 1821) de D. João VI no Brasil: Memórias Políticas sobre os Abusos Gerais e Modo de os reformar e Prevenir a Revolução Popular Redigidas por Ordem do Príncipe Regente no Rio de Janeiro em 1814 e 1815 e Cartas sobre a Revolução no Brasil (1820-1821).

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Carlos Henrique Gileno, Unviversidade Estadual Paulista - UNESP

Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas- Unicamp. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista - UNESP.

Referências

BARRETO, Vicente. Introdução ao pensamento político de Silvestre Pinheiro Ferreira. In: FERREIRA, Silvestre Pinheiro. Ideias políticas. Rio de Janeiro: Editora Documentário, 1976. p. 11-19.

BRANDÃO, Gildo Marçal. Linhagens do pensamento político brasileiro. São Paulo: Editora Hucitec, 2007.

CARVALHO, Eder Aparecido; GILENO, Carlos Henrique. Poder moderador: Diferenças no comportamento político dos imperadores do Brasil. Revista Agenda Política, São Carlos, v. 4, p. 33-64, 2016.

CARVALHO, Laerte Ramos de. As reformas pombalinas de instrução pública. São Paulo: EDUSP: Grijalbo, 1978.

CARVALHO, Manuel Emílio Gomes de. Os deputados brasileiros nas Cortes gerais de 1821. Brasília: Edições do Senado Federal, 2003.

CONGREGAÇÃO do oratório de Lisboa. Arquivos da Torre do Tombo, Lisboa. Disponível em: https://digitarq.arquivos.pt/details?id=1375767. Acesso em: 15 jan. 2018.

CONSTANT, Benjamin. Princípios políticos constitucionais: princípios políticos aplicáveis a todos os governos representativos e particularmente à constituição atual da França - 1814. Rio de Janeiro: Liber Juris, 1989.

CÔRTE-REAL, João Afonso. O universalismo de Silvestre Pinheiro Ferreira. Braga: Faculdade de Filosofia, 1969.

COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. 7. ed. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.

COSTA, João Cruz. Contribuição às ideias no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1956.

EISENBERG, José. As missões jesuíticas no Brasil e o pensamento político moderno: encontros culturais, aventuras teóricas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000.

FAORO, Raymundo. Do pensamento político. In: FAORO, Raymundo. Existe um pensamento político brasileiro? São Paulo: Editora Ática, 1994. p. 7-18.

FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 9. ed. São Paulo: Editora Globo, 1991.

FELONIUK, Wagner Silveira. A Constituição de Cádiz: análise da constituição política da monarquia espanhola de 1812. Porto Alegre: DM Editora, 2014.

FERREIRA, Silvestre Pinheiro. As dificuldades de um Império luso-brasileiro. Brasília: Editora do Senado Federal, 2012.

FERREIRA, Silvestre Pinheiro. Ideias políticas: Cartas sobre a revolução no Brasil, memórias políticas sobres os abusos gerais, Manual do cidadão em um governo representativo. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica, 1976.

GIANNOTTI, José Arthur. João Cruz Costa. Estudos Avançados, São Paulo, v. 8, n. 22, set./dez. 1994.

GILENO, Carlos Henrique. A Carta Constitucional de 1824 e a organização da estrutura de poder institucional no Brasil. Revista Escrita da História, São Paulo, v. 3, p. 50-80, 2016.

GRAHAM, Richard. Grã-Bretanha e o início da modernização no Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1973.

GUIMARÃES, Aquiles Côrtes. A formação do pensamento filosófico brasileiro. 1981. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, 1981.

LESSA, Renato. Da interpretação à ciência: por uma história filosófica do conhecimento político no Brasil. Revista Lua Nova, São Paulo, n. 82, p. 17-60, 2011.

LIMA, Oliveira. Dom Pedro e Dom Miguel: a querela da sucessão (1826-1828). Brasília: Editora do Senado Federal, 2008.

LYNCH, Christian Edward Cyril. Quando o regresso é progresso: a formação do pensamento conservador saquarema e de seu modelo político (1834-1851). In: BOTELHO, André; FERREIRA, Gabriela Nunes (org.). Revisão do pensamento conservador: ideias e política no Brasil. São Paulo: Editora HUCITEC, 2010. p. 25-54.

MAGALHÃES, Cláudio Márcio. Luís António Verney: o verdadeiro método de estudar – uma contribuição para o ensino em Portugal e no Brasil. 2016. Tese (Doutorado) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, 2016.

MATTOS, Ilmar Rohloff. O tempo saquarema: a formação do Estado imperial. São Paulo: Editora Hucitec, 1987.
MIGUEL. In: PORTUGAL: dicionário histórico. Disponível em: http://www.arqnet.pt/dicionario/miguel1.html. Acesso em: 15 set. 2018.

NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). 6. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 1995.

PAIM, Antonio. Introdução. In: FERREIRA, Silvestre Pinheiro. Manual do cidadão em um governo representativo. Brasília: Editora do Senado Federal, 1998. p. I-XX.

PAIM, Antonio. Introdução. In: FERREIRA, Silvestre Pinheiro. Preleções filosóficas. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1970. p. 7-12.

PERREIRA, José Esteves. Silvestre Pinheiro Ferreira: o seu pensamento político. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1977.

RIBEIRO, Maria Manuela Tavares. Mazzini no pensamento dos utópicos portugueses. Revista de História das Ideias, Coimbra, v. 28, 2007.

RODRIGUEZ, Ricardo Vélez. Um precursor do pensamento estratégico luso-brasileiro: Silvestre Pinheiro Ferreira (1769-1846). Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora: [19--].

SARDICA, José Miguel. A Europa Napoleónica e Portugal: messianismo revolucionário, política, guerra e opinião pública. Parede: Tribuna da História, 2011.

SILVA, Inocêncio Francisco. Biografia e bibliografia de Silvestre Pinheiro Ferreira. In: FERREIRA, Silvestre Pinheiro. Preleções filosóficas. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1970. p. 13-26.

SILVA, Sérgio. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976.

SINGER, Paul. O Brasil no contexto do capitalismo mundial. In: FAUSTO, Boris. História geral da civilização brasileira: o Brasil republicano. 3. ed. São Paulo: DIFEL, 1982. v. 1, t. III.

SOARES, Teixeira. O reconhecimento do Império do Brasil. Revista de Ciência e Política, Brasília, v. 6, n. 3, jul./set. 1972.

SOUSA, Octavio Tarquínio. A vida de D. Pedro I. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1988.

VERNEY, Luís António. O verdadeiro método de estudar, para ser útil à República, e à Igreja: proporcionado ao estilo, e necessidade de Portugal. Valensa: Oficina de Antonio Balle, 1746.

WEFFORT, Francisco C. Formação do pensamento político brasileiro: ideias e personagens. São Paulo: Editora Ática, 2006.

WHELING, Arno. Silvestre Pinheiro Ferreira e as dificuldades de um império luso-brasileiro. In: FERREIRA, Silvestre Pinheiro. As dificuldades de um império luso-brasileiro. Brasília: Senado Federal, 2012. p. 9-32.

WHELING, Arno; WHELING, Maria José. Um ator político e dois momentos de reestruturação institucional do Império Português (1814-1821). In: FARIA, Ana Leal de; AMORIM, Maria Adelina (org.). O Reino sem Corte: a vida em Portugal com a Corte no Brasil (1807-1821). Lisboa: Editora Tribuna da História, 2011. p. 265-280.

Downloads

Publicado

2021-04-25

Como Citar

GILENO, C. H. Silvestre Pinheiro Ferreira e a construção das instituições administrativas e políticas do império Luso-Brasileiro (1815-1821). Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 26, n. 1, p. 108–125, 2021. DOI: 10.5433/2176-6665.2021v26n1p108. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/40395. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos