México e Brasil: dois extremos de uma idéia

Autores

  • Daniel Antiquera Universidade Federal da Paraíba - UFPB

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2005v10n2p25

Palavras-chave:

América Latina, Políticas externas

Resumo

O artigo questiona o real peso que a idéia de América Latina teve e tem para os Estados que a compõe, mostrando que o sentido de unidade provém mais da relação de dependência do que de um projeto próprio. Para isso, escolheu-se analisar, além das tentativas regionais de integração, a evolução das políticas externas de México e Brasil, tentando identificar possíveis tendências (e dificuldades) de formulação de um projeto conjunto. A escolha desses países deve-se ao fato de representarem extremos dessa parte do continente americano. O estudo revela que a América Latina, como projeto político, sempre esteve mais distante da realidade do que os discursos possam aparentar. E a partir da década de 1990 a expressão ainda se tornou mais abstrata e fraca.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Daniel Antiquera, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Doutorando em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Professor da Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

Referências

ALTMANN, Werner. México e Cuba: revolução, nacionalismo, política externa. São Leopoldo: Unisinos, 2002.

ALMEIDA, Paulo Roberto de. O estudo das relações internacionais do Brasil. São Paulo: Unimarco, 1999.

BANDEIRA, Moniz. Estado nacional e política internacional na América Latina- a continente nas relações Argentina-Brasil (1930-1992). São Paulo: Ensaio, 1995.

BANDEIRA, Moniz. De Martí a Fidel: a Revolução Cubana e a América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

BARBOSA, Rubens; CÉSAR, Luís Panelli. A Integração Sub-regional, Regional e Hemisférica: o Esforço Brasileiro. In: FONSECA JÚNIOR, Gelson; CASTRO, Sérgio Nabuco de (org.). Temas de Política Externa Brasileira II. Rio de Janeiro: Paz e Terra, l994. v. 2.

BOLÍVAR, Simon. Escritos políticos. Campinas: Unicamp, 1992.

BUENO, Clodoaldo; CERVO, Amado Luiz. História da política exterior do Brasil. 2. ed. Brasília: UNB, 2002. (coleção o Brasil e o mundo).

CERVO, Amado Luiz. Relações Internacionais da América Latina. Brasília: IBRI, 2001.

CORREA, Anna Maria Martinez. A Revolução Mexicana (1910-1917). São Paulo: Brasiliense, 1983 (coleção tudo É História-62).

CORREA, Luiz Felipe de Seixa. As Conferencias de Cúpula Ibero-Americanas: um formato em busca de substância. In: FONSECA JR. Gelson; NABUCO DE CASTRO, Sergio (org.): Temas de Política Externa Brasileira II. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 1994, v. 1. p. 147-165.

D’ARAUJO, Maria Celina; CASTRO, Celso. Ernesto Geisel. Rio de Janeiro: FGV, 1998.

DONGHI, Tulio Halperin. História da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

EZCURRA, Andres Townsend. Patria Grande- pueblo, parlamento e integración. Lima, Fondo Editorial del Congreso del Per, 1991.

FERREIRA, Oliveiros. A América Latina dos señoritos. Integração e desintegração na América Latina. Revista Lua Nova, São Paulo, n. 21, p. 55-72, out. 1990.

GOES FILHO, Synesio Sampaio. Navegantes, bandeirantes e diplomatas: um ensaio sobre a formação das fronteiras no Brasil. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

GONÇALVES, Willians da Silva; MYAMOTO, Shiguenoli. Os militares na política externa brasileira: 1964-1984. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 6, n. 12, p. 211-246, 1993.

GREEN, Rosário. Brechas na negociação internacional do México. In: PLASTINO, Carlos Alberto; BOUZAS, Roberto (org.). A América Latina e a crise internacional. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

HAKIM, Peter. Brasil e México: duas maneiras de ser global. Política Externa, v. 10, n. 4, p .94-108, mar./abril/maio 2002.

KUNZLER, Jacob Paulo; MACIEL, Carlos. Mercosul e o mercado internacional: uma análise da economia mundial dividida em blocos regionais, com destaque para o Mercosul. Porto Alegre: Ortiz, 1994.

LAFER, Celso. A identidade internacional do Brasil e a política externa brasileira: passado, presente e futuro. São Paulo: Perspectiva, 2004.

LAFER, Celso; PE—A, Feliz. Argentina e Brasil no sistema das relações internacionais. São Paulo: Duas Cidades, 1973.

LIMA, Nestor dos Santos. La Imagen del Brasil en las cartas de Bolívia. Rio de Janeiro: Banco do Brasil, 1978.

MAGNOLI, Demétrio. O corpo da pátria- imaginação geográfica e política externa no Brasil (1808-1912). São Paulo: Unesp/Moderna, 1997.

MAIOR, Luiz A. P. Souto. América Latina: o regionalismo continental revisitado. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 39, n. 2, p. 117, 1996.

MATTOS, Carlos de Meira. Uma geopolítica pan-amazônica. Rio de Janeiro: Biblex, 1980.

MELLO, Flávia de Campos. Regionalismo e inserção internacional: continuidade e transformação da política externa brasileira nos anos 90. 2000. Tese (Doutorado em Ciência Política) - Universidade de São Paulo-USP, São Paulo, 2000.

MRE. Viagem do presidente João Goulart aos Estados Unidos da América e ao México. Brasília: Ministério das Relações Exteriores do Brasil, 1962.

OLIVEIRA, Henrique Altemani de. A política externa brasileira: a ciência e a tecnologia nos esforços de industrialização. Brasília: Unb, 1994. (Cadernos de Relações Internacionais, n. 9).

PELLICER, Olga. Política externa mexicana: continuidade e incerteza em momentos de crise. In: PLASTINO, Carlos Alberto; BOUZAS, Roberto (org.). A América Latina e a crise internacional. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

SEITENFUS, Ricardo Antúnio Silva. A cooperação argentino-brasileira: significado e perspectivas. Relações Internacionais e o Brasil. Revista Lua Nova, São Paulo, n. 18, p. 107-126, ago. 1989.

SERRANO, Huerta; GUADALUPE, Maria. Breve história das relações diplomáticas México- Brasil. Guia Documental. México: SER, 1994.

TRAVASSOS, Mário. Projeção Continental do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1938.

VIZENTINI, Paulo Faguntes. A política externa do regime militar brasileiro: multilateralização, desenvolvimento e a construção de uma potência média (1964-1985). Porto Alegre: Ed. Da Universidade/UFRGS, 1998.

Downloads

Publicado

2005-12-15

Como Citar

ANTIQUERA, D. México e Brasil: dois extremos de uma idéia. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 10, n. 2, p. 25–54, 2005. DOI: 10.5433/2176-6665.2005v10n2p25. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/2163. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê