Fontes documentais para o estudo da população e da família escrava: Franca-SP, século XIX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2013v18n1p206

Palavras-chave:

Escravidão, Fontes históricas, Século XIX, Família Escrava

Resumo

Apresentamos, no presente trabalho, algumas considerações a respeito das potencialidades e dos limites da utilização de algumas fontes documentais para o estudo da população e da família escrava em Franca, no período de 1806-1888. Ao optarmos pelo estudo da demografia e da família escrava, buscamos suporte em documentos que se prestam a esse tipo de estudo: fontes nominativas – como os registros paroquiais (batismo, casamento e óbito), as listas nominativas de habitantes e inventários post mortem – cujas informações permitem, inclusive, o cruzamento nominativo entre as fontes. Chamamos a atenção para a existência de outras fontes possíveis à análise da escravidão; contudo, as aqui ora apresentadas têm sido empregadas proficuamente nos estudos histórico-demográficos de modo a evidenciar e desvendar trajetórias individuais e familiares que marcaram a escravidão no Brasil colonial e imperial. Ademais, visamos atuar como um guia para os historiadores iniciantes (ou nem tanto) que se aventurarem pelos caminhos do estudo da escravidão em Franca ou em outras localidades paulistas.

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Biografia do Autor

Maísa Faleiros da Cunha, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Doutora em Demografia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.

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Publicado

2013-03-23

Como Citar

CUNHA, M. F. da. Fontes documentais para o estudo da população e da família escrava: Franca-SP, século XIX. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 18, n. 1, p. 206–225, 2013. DOI: 10.5433/2176-6665.2013v18n1p206. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/16810. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê