Terminologia de urgência e garantias para a representação temática: elementos para a análise de Domínios de Emergência Súbita (DES)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2020v25n3p239

Palavras-chave:

Domínios de emergência súbita, Análise de domínio, Garantias, COVID19

Resumo

Introdução: Os domínios emergentes são aqueles relativamente recentes, que se configuram como consequência da especialização, da progressiva interseção entre campos temáticos ou disciplinares pré-existentes ao surgimento de situações da realidade que requerem respostas inovadoras. O trabalho estuda a noção de domínio em organização do conhecimento e se propõe a um tipo particular de domínio emergente, o qual se denomina de domínio de emergência súbita (DES), entendido como qualquer nova área do conhecimento que nasce de imperativos da realidade, e de forma imprevisível.
Objetivo: Contribuir para o embasamento teórico e caracterização dos DES, tomando para fins ilustrativos, o referencial do domínio gerado em torno do COVID-19.
Metodologia: Uma análise em três níveis é proposta: sua denominação, sua terminologia aluvial e seu mapeamento. A análise é realizada a partir das perspectivas teóricas e metodológicas proporcionadas pela organização do conhecimento. Se destacam as abordagens centradas em análise de domínio, garantias e controle de vocabulário.
Resultados: Os resultados, de natureza primária, têm como objetivo propor soluções específicas para representar tematicamente o DES.
Conclusões: Dentre as conclusões, destaca-se que a organização do conhecimento possui um ponto de maturidade suficiente para enfrentar efetivamente os problemas terminológicos de sistematização e organização de conceitos apresentados por domínios emergentes e DES, em particular.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Mario Barité, Universidad de la República - Udelar

Doutor em Informação Científica pela Universidad de Granada - Espanha

Referências

ADHANOM, T. WHO Director-General's remarks at the media briefing on 2019-nCoV on 11 February 2020. Disponível em: https://www.who.int/dg/speeches/detail/who-director-general-s-remarks-at-themedia-briefing-on-2019-ncov-on-11-february-2020

ALBRECHTSEN, H. This is not domain analysis. Knowledge Organization, v. 42, n. 8, p. 557-561. 2015.

ALBRECHTSEN, H. Subject analysis and indexing: from automated indexing to domain analysis. The Indexer, v. 18, n. 4, p. 221-224, 1993.

AL-THUBAITY, A.; KHURSHID, A. Tracking knowledge of emergent domains. In: Proceddings: Sixth IEEE International Conference on Information Visualisation. Guildford: University of Surrey London, 2002.

BARITÉ, M. Literary warrant. Knowledge Organization, v. 45, n. 6, p. 517-536, 2018.

BARITÉ, M. La definición en Terminología. In: Álvarez Catalá, Sara y Mario Barité. Teoría y praxis en Terminología. Montevideo: CSIC, 2017.

BARITÉ, M. Diccionario de Organización del Conocimiento: Clasificación, Indización, Terminología. 6 ed. Montevideo: CSIC, 2015.

BEGHTOL, C. Universal concepts, cultural warrant and cultural hospitality. Advances in Knowledge Organization, n.8, p: 45-49. 2002.

BEGHTOL, C. Semantic validity: concepts of warrant in bilbliographic classification systems. Library Resources & Technical Services, v.30, n. 2, p. 109-123, 1986.

BEVILACQUA, C. Por que e para que a linguística de corpus na terminologia. In TAGNIN, S. C. B. Corpora na terminologia. São Paulo: Hub, 2013.

BLISS, H. E. The Organization of Knowledge and the System of the Sciences. New York: Holt, 1929.

BULLARD, J. Warrant as a Means to Study Classification System Design. Journal of Documentation, v. 73, p. 75-90, 2017.

CABRÉ, M. T. La terminología: teoría, metodología, aplicaciones. Barcelona: Antártida/Empúries. 1993.

GUTIÉRREZ RODILLA, B. M. La ciencia empieza en la palabra: Análisis e historia del lenguaje científico. Barcelona: Península. 1998.

GUIMARÃES, J. A. C.; TOGNOLI, N. B. Provenance as a domain analysis approach in archival knowledge organization. Knowledge Organization, v. 42, n. 8, p. 562-569, 2015.

HOEL, T.; JAN M., Pawlowki. Managing standards development in emergent fields of technology innovation – a proposed model of key processes in ICT standardization. In: Enterprise Interoperability: Proceedings of the Workshops of the Sixth International Conference. I-ESA ‘12, ISTE Ltd, London, 2012.

HJØRLAND, B. Domain Analysis. Knowledge Organization, v. 44, n. 6, p. 436-464, 2017.

HJØRLAND, B. Theories of knowledge organization-theories of knowledge. Knowledge Organization, v. 40, n. 3, p. 169-181, 2013.

HJØRLAND, B. Domain analysis in information science: eleven approaches – traditional as well as innovative. Journal of documentation, n. 58, p. 422–462, 2002.

HJØRLAND, B.; ALBRECHTSEN, H. Toward a new horizon in information science: domain-analysis. Journal of the American Society for Information Science, v. 46, n. 6, p. 400-425, 1995.

IYER, H. Classificatory structures: concepts, relations and representation. Würzburg: Ergon Verlag, 2012.

JENKINS, J. English as a lingua franca: interpretations and attitudes. World Englishes, v. 28, n.2, p. 200-207, 2009.

LANCASTER, F. W. Vocabulary control in information retrieval systems. Advances in Librarianship, n. 7, p. 1-40, 1977.

LEE, J. M. E. Wyndham Hulme: a reconsideration. In: Rayward, W.B. The Variety of Librarianship: Essays in Honour of John Wallace Metcalfe. Sydney: LAA, 1976.

LÓPEZ-HUERTAS, M. J. Domain analysis for interdisciplinary knowledge domains. Knowledge Organization, v, 42, n. 8, p. 570-580, 2015.

ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD. COVID-19: glosario sobre brotes y epidemias: un recurso para periodistas y comunicadores, 2020. Disponível em: https://www.paho.org/es/node/70518

SACHS, M.; SMIRAGLIA, R. P. From encyclopedism to domain based ontology of knowledge management: the evolution of the Sachs Classification. Advances in Knowledge Organization, v. 9, p. 167-172, 2004.

SCHMIDT, K.; INA, W. Ordering systems: coordinative practices and artifacts in architectural design and planning. Computer Supported Cooperative Work,v.13, p. 349-408, 2004.

SEIDLHOFER, B. Common ground and different realities: world Englishes and English as a lingua franca». World Englishes, v. 28, n. 2, p. 236-245, 2009.

SMIRAGLIA, R. P. Domain analysis for knowledge organization: tools for ontology extraction. Oxford: Chandos Publishing. 2015.

SMIRAGLIA, R. P. Knowledge organization: some trends in an emergent domain. El profesional de la información, v. 21, n. 3, p. 225-227, 2012.

SOERGEL, D. Knowledge organization systems: overview. 2009. Disponível em: http://www.dsoergel.com/SoergelKOSOverview.pdf.

SWALES, J. M. Reflections on the concept of discourse community. ASp, n.69, p.7-1, 2016.

SWALES, J. M. Approaching the concept of discourse community. In: 38th Annual Meeting of the Conference on College Composition and Communication, 38., 1987, Atlanta. Anais […]. Atlanta: ERIC, 1987.

TYRRELL, D. A. J.; Bynoe, M. L. Cultivation of a novel type of common cold virus in organ culture. British Medical Journal, p.1467-1470, 1965.

UNIVERSITY OF VIRGINIA. Coronavirus & COVID-19: Glossary of Terms. UVA Health. Charlottesville: UVA, 2020. Disponível em: https://uvahealth.com/services/covid19-glossary

VALÉRIO, M.; BAZZO, W. A. O papel da divulgação científica em nossa sociedade de risco: em prol de uma nova ordem de relações entre ciência, tecnologia e sociedade. In:Congresso Brasileiro de Ensino da Engenheria, 33., 2005, Campina Grande. Anais [...].Campina Grande: COBENGE, 2005. Disponível em: http://www.abenge.org.br/cobenge/arquivos/14/artigos/SC-10-29987920900-1117474585219.pdf

ZHOU, W. Manual de prevención del coronavirus: 92 consejos basados en la evidencia científica que pueden salvar tu vida. S.l.: Alienta, 2020.

Downloads

Publicado

2020-10-31

Como Citar

Barité, M. (2020). Terminologia de urgência e garantias para a representação temática: elementos para a análise de Domínios de Emergência Súbita (DES). Informação & Informação, 25(3), 239–265. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2020v25n3p239

Edição

Seção

Artigos