A representação do domínio “gênero” no âmbito das linguagens documentárias: um mapeamento conceitual em instrumentos terminológicos

Autores

  • Ana Rosa Pais Ribeiro Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBICT/UFRJ).
  • Beatriz Decourt Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
  • Tatiana de Almeida Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2017v22n2p208

Palavras-chave:

Organização do Conhecimento, Gênero, Tesauro para Estudos de Gênero e sobre Mulheres (TEG), Descritores em Ciência da Saúde (DeCS), Classificação Decimal Universal (CDU)

Resumo

Introdução: A pesquisa tem como foco principal os estudos do domínio “gênero” e é direcionada à análise de instrumentos de organização e representação da informação. Objetivos: Investiga conceitos e abordagens inerentes ao domínio em três Sistemas de Organização do Conhecimento (SOC) distintos e já consolidados em suas áreas de aplicação: o Tesauro para Estudos de Gênero e sobre Mulheres (TEG), os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e a Classificação Decimal Universal (CDU). Metodologia: Utiliza o método de indução para a análise dos SOCs, que parte de conceitos pré-determinados para realizar a verificação, visando uma análise qualitativa e quantitativa dos Sistemas. Resultados: o estudo observou mudanças e ressignificações em conceitos do domínio gênero, a partir da análise dos instrumentos. Conclusões: Conforme a literatura em Organização do Conhecimento tem historicamente demonstrado, o estudo atestou o modo como as condições sociopolíticas e culturais interferem nas representações documentárias.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Ana Rosa Pais Ribeiro, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBICT/UFRJ).

Doutoranda em Ciência da Informação do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, convênio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBICT/UFRJ). Mestre em Ciência da Informação. Tecnologista Sênior do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE.

Beatriz Decourt, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), na Escola de Biblioteconomia. Mestre e Doutoranda em Ciência da Informação no convênio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBICT/UFRJ).

Tatiana de Almeida, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), na Escola de Biblioteconomia. Doutoranda em Ciência da Informação no convênio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBICT/UFRJ).

Referências

ARDAILLON, D.; BRUSCHIN UNBEHAUM, C. S. G. Tesauro para estudos de gênero e sobre mulheres. São Paulo: Fundação Carlos Chagas. Ed.34, 1998. 304 p.
BIREME. Histórico. Disponível em: http://www.paho.org/bireme/index.php?option=com_content&view=article&id= 33%3Ahistoria&catid=38%3Abireme-cerca&Itemid=43&lang=PT>. Acesso em 07 dez. 2016.
BIBLIOTECA VIRTUAL DE SAÚDE. Histórico. Disponível em: http://brasil.bvs.br/vhl/sobre-a-bvs/historico-da-rede-bvs-no-brasil/>. Acesso em 07 dez. 2016.
CAMPOS, M. L. A.; GOMES, H. E. Princípios para modelagem de domínio: a posição de Barry Smith e de Ingetraut Dahlberg. Revista Ciência da Informação, Brasília, v. 41, n. 1, p. 81-94, jan./abr. 2014.
CAMPOS, M. L. A.; GOMES, H. E. Organização de domínios de conhecimento e os princípios ranganathanianos. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 150-163, jul./dez. 2003.

CASTRO, E. Terminologia, palavras-chave, descritores em saúde: qual a sua utilidade? São Paulo: Jornal brasileiro de AIDS, 2001, v.2, n.1, p.51-61. Disponível em: http://decs.bvs.br/P/Artigo.pdf>. Acesso em 07 dez. 2016.
DAHLBERG, I. Teoria do conceito. Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v.7, n.2, p.101-107, 1978. RICI: Revista Ibero-americana. Ci. Inf., ISSN 1983-5213, Brasília, v. 4, n. 2, p. 53-73, ago./dez.2011. 73
DAHLBERG, I. Knowledge Organization: A New Science? Knowledge Organization, 33(1). 11-19, 2006.
GOMES, H. E. Classificação, tesauro e terminologia: fundamentos comuns. Palestra preparada para as Tertúlias do Departamento de Biblioteconomia da UNIRIO, apresentada em julho de 1996. Disponível em: http://www.conexaorio.com/biti/tertulia/tertulia.htm>. Acesso em 03 de out.
2016.
GOMES, H. E. Tendências da pesquisa em organização do conhecimento. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, v.2, n.1, p.60-88, 2009. Disponível em: http://basessibi.c3sl.ufpr.br/brapci/index.php/article/view/0000007771/a9da848c0f429ecab5cdf67f1f16b07b>. Acesso em:03 Out 2016
GUIMARÃES, J. A. C. Análise de domínio como perspectiva metodológica em organização da informação. Revista Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 41 n. 1, p.13-21, jan./abr., 2014.
HEILBORN, M. L. “De que gênero estamos falando? In: Sexualidade, Gênero e Sociedade. Ano 1, n° 2 CEPESC/IMS/UERJ, 1994.
JESUS, Jaqueline G. (2010). Pessoas transexuais como reconstrutoras de suas identidades: reflexões sobre o desafio do direito ao gênero. In: Galinkin, Ana L. & Santos, Karine B. (orgs.), Anais do Simpósio Gênero e Psicologia Social: diálogos interdisciplinares, 80-89. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/233869298_Pessoas_transexuais_c omo_reconstrutoras_de_suas_identidades_reflexoes_sobre_o_desafio_do_dire ito_ao_genero>. Acesso em 25 mar 2017.
JESUS, Jaqueline Gomes de. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Brasília. 42 p., 2012. Disponível em: http://www.diversidadesexual.com.br/wpcontent/uploads/2013/04/G%C3%8A NERO-CONCEITOS-E-TERMOS.pdf> Acesso em 07 dez. 2016.
MEYER, Dagmar Estermann. Teorias e Políticas de Gênero: fragmentos históricos e desafios atuais. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília (DF), v.57, n.1, p.8-13, jan/fev, 2004.
NASCIMENTO, F. A.; LEITE JUNIOR, F. F.; PINHO, F. B. A. Tipologias e classificações: um estudo sobre as temáticas de gênero e sexualidade no manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (dsm). Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, v. 16, s/n, 2015.
NOVELLINO, Maria Salet Ferreira. Instrumentos e metodologias de representação da informação. Informação & informação. Londrina, v.1, n.2, p.37-45, jul./dez. 1996.
PELLIZZON, Rosely de Fátima. Pesquisa na área da saúde: 1. Base de dados DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). Acta Cir. Bras., São Paulo, v. 19, n. 2, p. 153-163, Abr. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010286502004000200 013&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 07 dez. 2016.
PINHO, Fabio Assis. Aspectos éticos em representação do conhecimento em temáticas relativas à homossexualidade masculina: uma análise da precisão em linguagens de indexação brasileiras. Tese de doutorado. Marília, 2010, 149 f.
PINSKY, Carla Bassanezi. Estudos de Gênero e História Social. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 17, n. 1, p. 159-189, Jan. 2009. ISSN 0104-026X. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104026X200900010000 9>. Acesso em 07 dez. 2016.
POLITIZE… Conteúdo do site: http://www.politize.com.br/movimentofeminista-historia-no-brasil/>. Acesso em 07 dez. 2016.
SCOTT, J. W. “Gender: A Useful Category of Historical Analysis”. The American Historical Review, vol. 91, nº 5. (Dec,1986), pp. 1053-1075.
SOERGEL, Dagobert. Organization of knowledge and documentation. 1971. Disponível em: http://www.dsoergel.com/>. Acesso em 03 jul. 2016
SOUZA, Rosali Fernandez de. Organização do conhecimento. In.: TOUTAIN, Lídia M. B. B. (org.). Para entender a Ciência da Informação. Salvador: EDUFBA, 2007. p. 103-124.

Downloads

Publicado

2017-10-29

Como Citar

Ribeiro, A. R. P., Decourt, B., & Almeida, T. de. (2017). A representação do domínio “gênero” no âmbito das linguagens documentárias: um mapeamento conceitual em instrumentos terminológicos. Informação & Informação, 22(2), 208–234. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2017v22n2p208

Edição

Seção

Artigos