Clubes de leitura: entre sociabilidade e crítica literária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2018v23n3p673

Palavras-chave:

Clube de leitura, Sociabilidade literária, Mediação da leitura

Resumo

Introdução: O Brasil tem ganhado diversos clubes de leitura nos últimos anos, exigindo uma maior atenção da academia para entender esse fenômeno já popularizado na América do Norte e Europa. Objetivo: Pretende-se discutir as principais críticas aos clubes de leitura em relação ao perfil dos seus frequentadores, à seleção de livros, aos tipos de leitura, aos modos de interação (presencial ou virtual) e ao papel do mediador. Metodologia: Por meio de uma revisão de literatura, comparam-se os argumentos prós e contrários aos clubes de leitura, especialmente em relação ao modelo dominante nos Estados Unidos e Europa. Resultados: Apresentam-se os diferentes tipos de clubes existentes (para adultos, escolar, televisivo, virtual, etc.) e apontam-se as suas principais características. Conclusões: Um clube torna-se mais eficaz e atraente quando consegue conciliar o prazer com o estudo literário. Para tanto, defende-se a presença de um mediador e algum tipo de roteiro para discussão.

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Biografia do Autor

Willian Eduardo Righini de Souza, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP

Doutor em Ciência da Informação pela Universidade de São Paulo - USP.

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Publicado

2018-12-27

Como Citar

Souza, W. E. R. de. (2018). Clubes de leitura: entre sociabilidade e crítica literária. Informação & Informação, 23(3), 673–695. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2018v23n3p673

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Artigos