A morte e a morte de Quincas Berro D'água, história e literatura: diálogos, singularidades e possibilidades de análise

Autores

  • Anderson Teixeira Renzcherchen Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Silvéria da Aparecida Ferreira Universidade Estadual do Centro-Oeste http://orcid.org/0000-0003-4340-3347

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2019v25n2p325

Palavras-chave:

História, Literatura, Fonte histórica, Jorge Amado.

Resumo

Este artigo apresenta uma reflexão sobre os campos da História e da Literatura e suas aproximações. Entendemos a literatura enquanto fonte, testemunho e evidência histórica, para sustentar essa afirmação buscamos na abertura historiográfica, promovida pela escola dos Annales e pela vertente da Nova História Cultural, as aproximações e possibilidades dessa relação. Pontuamos algumas singularidades da escrita histórica e da literária, bem como, as apropriações e diálogos possíveis das produções literárias pela História. Por fim, analisamos a obra “A morte e a morte de Quincas Berro Dágua” publicada pela primeira vez em 1959, do renomado escritor Jorge Amado, discussão na qual tentamos compreender o contexto social do autor e da obra, a fim de abranger os sentimentos, as angústias, percepções de mundo, mentalidades e, mesmo não sendo nossa intenção inicial, atentamos para os estereótipos presentes na obra e sobre a sociedade baiana da década de 1950 e que ainda se perpetuam no discurso social.

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Biografia do Autor

Anderson Teixeira Renzcherchen, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Silvéria da Aparecida Ferreira, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Mestre em Educação da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná. Professora da Rede pública e privada de ensino básico.

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Publicado

2019-12-01

Como Citar

Renzcherchen, A. T., & Ferreira, S. da A. (2019). A morte e a morte de Quincas Berro D’água, história e literatura: diálogos, singularidades e possibilidades de análise. História & Ensino, 25(2), 325–345. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2019v25n2p325

Edição

Seção

Artigos