Quilombo, identidade e educação escolar: o ensino de História na escola David Miranda em Santana-Amapá
DOI:
https://doi.org/10.5433/2238-3018.2019v25n1p253Palavras-chave:
Quilombo, Identidade, Educação escolar, Ensino de história, AmapáResumo
O presente artigo objetiva discutir sobre quilombo, identidade e educação escolar: o ensino de história na escola David Miranda localizada no município de Santana, estado do Amapá. Trata-se de um estudo exploratório de abordagem qualitativa que utilizou da pesquisa bibliográfica, a análise documental, a observação direta e a entrevista como forma de investigação. O trabalho analisou um projeto pedagógico da referida escola chamado “Identidade Cultural”, cuja essência representa uma interessante experiência de ação pedagógica, onde saberes da comunidade local em conjunto com uma sensibilidade dos educadores, produziu um diálogo entre o passado e o presente que contribuiu para fortalecer a identidade de uma comunidade que anseia pelos seus direitos e busca resguardar a sua propriedade e sua memória cultural. Os resultados da pesquisa revelam que a experiência ocorrida na escola local demonstra que ainda há um longo caminho a ser trilhado na busca de uma educação quilombola efetiva no estado do Amapá, mas os agentes sociais que fazem a escola, estão se esforçando na árdua tarefa de construir uma educação adequada aos novos anseios da comunidade local.Métricas
Referências
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996.
BRASIL. Lei n. 9.475, de 22 de julho de 1997. Dá nova redação ao art. 33 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1997a.
BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 10 jul. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Orientações e ações para a educação das relações étnico-raciais. Brasília: SECADI, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 08, de 20 de novembro de 2012. Parecer CNE/CEB nº 16 de 2012. Define diretrizes curriculares nacionais para educação escolar quilombola na educação básica. Brasília: CNE, 2012. Disponível em: http://www.seppir.gov.br/portal-antigo/arquivos-pdf/diretrizes-curriculares. Acesso em: 19 jan. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: História. Brasília: Secretaria de Estado da Fazenda, 1997b.
CONAE - Conferência Nacional de Educação. Documento Final. 2012. Disponível em: http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/pdf/documetos/documento_fin al_sl.pdf. Acesso em: 6 maio 2018.
CUSTÓDIO, Elivaldo Serrão. Educação escolar quilombola no estado do Amapá: das intenções ao retrato da realidade. Educação (UFSM), Santa Maria, p. e15-21, fev. 2019. ISSN 1984-6444. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/30826. Acesso em: 15 jun. 2019.
FRANÇA, Jean Marcel Carvalho; FERREIRA, Alexandre Ricardo. Três vezes Zumbi: a construção de um herói brasileiro. Três estrelas: São Paulo, 2012.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas: Papirus, 2003.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática de ensino de história: experiências reflexões e aprendizado. Papirus, Campinas, 2009.
GOMES, Flávio dos Santos. Nas fronteiras da liberdade: mocambos, fugitivos e protesto escravo na Amazônia colônial. An. Arq. Públ. Pa, Belém, 1996.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 1997.
JORNAL CIPÓ CULTURAL. Informativo das turmas 621 e 622 da Escola Estadual David Miranda. Coordenação e editoração: Terezinha Sales. 1ª ed. Santana-AP, novembro de 2007, p. 1-4.
JORNAL CIPÓ CULTURAL. Informativo produzido pela turma 821 da Escola Estadual David Miranda. Coordenação e editoração: Terezinha Sales. 4ª ed. Santana-AP, dezembro de 2010, p. 1-6.
LARA, Silvia Hunold. Campos da violência: escravos e senhores na capitania do rio de janeiro, 1750 - 1808. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1988.
LEITE, Ilke Boaventura. Os quilombos no Brasil: questões conceituais e normativas. Etnográfica, Portugal, v. 4, n. 2, p. 333 - 354, 2000.
LUNA, Veronica Xavier. Entre o Porteau e o Volante: africanos redesenhando a Vila de São José de Macapá. João Pessoa: Editora Sal da Terra, 2011.
PINTO, Diana Chagas et al. Um relato de experiência: Escola Estadual David Miranda As manifestações étnico raciais amapaenses, 2015, p. 41-47. In: SOUZA, Silvaney Rubens; ROCHA, Elke (org.). Caderno de projetos e propostas pedagógicas para a implementação da lei 10.639/2003. Macapá: NEER/SEED, 2015.
NUNES, Georgina Helena Lima (Org.). Educação quilombola. Brasília: SECADI, 2006. SALLES, Vicente. O negro e as transformações sociais no fim do século XIX no Grão-Pará. Brasília: Microedição do Autor, 1988.
SALLES, Vicente. O Negro no Pará. 2. ed. Brasília: Ministério da Cultura, 1989.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova: da crítica da Geografia a uma Geografia Crítica. São Paulo: Edusp, 2002. SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e relações étnicoraciais no Brasil étnico-raciais no Brasil. Educação, Porto Alegre, ano 30, v. 3, n. 63, p. 489-506, set./dez., 2007.
SOUZA, Silvaney Rubens; ROCHA, Elke (org.). Caderno de projetos e propostas pedagógicas para a implementação da lei 10.639/03. Macapá: NEER/SEED, 2015.
VIDEIRA, Piedade Lino. Marabaixo, dança afrodescendente: significando a identidade étnica do negro amapaense. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista se reserva os direitos autorais sobre as contribuições publicadas, sem retribuição material para o autor, podendo disponibilizá-las on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados; também poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua. As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.