Por que e para quê ensinar História?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2019v25n1p227

Palavras-chave:

Teoria Crítica, Experiência formativa, Ensino de história

Resumo

Subsiste na sociedade atual a ideia de que o ensino de história deve oportunizar a formação para a cidadania, tendo em vista a preservação da ordem democrática. Com base na Teoria Crítica da Sociedade, sobretudo em trabalhos de Adorno e Horkheimer, que destacam conceitos como esclarecimento, educação para a emancipação, experiência formativa e pseudoformação, neste artigo apresenta-se uma reflexão sobre por que e para quê ensinar história, num contexto cujo fascínio e relevância são para o presente. Destaca-se a necessidade de se elaborar o passado para que as condições que possibilitaram a barbárie possam ser compreendidas e, quiçá, superadas. Para além de apontar a relevância do ensino de história para a autorreflexão crítica, sinalizam-se possibilidades de esse ensino estimular a reflexão e a relação entre presente e passado de modo a contribuir para a compreensão do movimento da história em seus avanços e retrocessos e, portanto, para a experiência formativa.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Maria Terezinha Bellanda Galuch, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Doutora em Educação - PUC/SP. Pós-doutorado no Instituto de Psicologia - USP. Professora Doutora da Universidade Estadual de Maringá - UEM

Cleonice Aparecida Raphael da Silva, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Doutoranda do programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá - UEM . Professora da Rede Municipal de Ensino de Maringá.

Referências

ADORNO, Theodor Wiesengrund. Educação e emancipação. Tradução de Wolfgang Leo Maar. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.

ADORNO, Theodor Wiesengrund. Teoria da semicultura. Primeira Versão, Porto Velho, v. 4, n. 191, p. 1 - 20, 2005. Disponível em: http://www.primeiraversao.unir.br/atigos_pdf/191_.pdf. Acesso em: 18 mar. 2019.

BARROSO, Vera Lúcia Maciel. O ensino de História: qual metodologia? Revista da Faculdade de Porto Alegrense. Educação, Ciências e Letras, Porto Alegre, n. 16, 1996.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987.

BENJAMIN, Walter. Sobre alguns temas em Baudelaire. In: BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire um lírico no auge no capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1989. p. 103-149.

FREITAS, Vinícius Adriano de. Letramento, alfabetização e formação cultural (BILDUNG): sobre métodos, propostas de aquisição da língua escrita e livro didático de alfabetização para o 1º ano do Ensino Fundamental. 2016. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual de Maringá, 2016.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. O rastro e a cicatriz: metáforas da memória. ProPosições, São Paulo, v. 13, n. 3, p.125 - 133, set./dez. 2002. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643942/11398. Acesso em: 18 mar. 2019.

GALUCH, Maria Terezinha Bellanda; CROCHÍK, José Leon. Propostas pedagógicas em livros didáticos: reflexões sobre a pseudoformação. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 46, n. 159, p. 234 - 258, jan./mar. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v46n159/1980-5314-cp46-159-00234.pdf. Acesso em: 18 mar. 2019.

GALUCH, Maria Terezinha Bellanda; PALANGANA, Isilda Campaner. Experiência, cultura e formação nos contextos das relações de produção capitalista. InterMeio, Campo Grande, MS, v. 14, n. 28, p.71 - 87, jul./dez. 2008.

HOBSBAWM, Eric. Globalização, democracia e terrorismo. Tradução de José Viegas. São Paulo: Companhia das letras, 2007.

HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor Wiesengrund. A dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

MAGNO, Maria Ignês Carlos. Sala de aula: espaço de revelações: prova: ponto de reflexões. Comunicação e Educação, São Paulo, v. 2, p. 116 - 122, jan./abr. 1995. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/36144/38864. Acesso em: 18 mar. 2019.

MARCUSE, Herbet. O fechamento do universo da locução. In: MARCUSE, Herbet. A ideologia da sociedade industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1967. p. 92 - 141.

PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação. Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PAULA, Fátima de. Tensões e ambiguidades em Walter Benjamin: a modernidade em questão. Plural; Sociologia USP, São Paulo, n. 1, p. 106 - 130, 1994. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/plural/article/view/68057/70627. Acesso em: 18 mar. 2019.

POMBO, Olga. Elogio da transmissão. 2008. Disponível em: http://cfcul.fc.ul.pt/biblioteca/online/pdf/olgapombo/elogiodatransmissao.p df. Acesso em: 18 mar. 2019.

ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira. Os meios de comunicação de massa nas aulas de história. Comunicação e Educação, São Paulo, v. 3, p. 81-87, mai./ago. 1995. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/36163/38883. Acesso em: 18 mar. 2019.

SAMPAIO, Maria das Mercês Ferreira. Um gosto amargo de escola: relações entre currículo, ensino e fracasso escolar. São Paulo: EDUC, 1998.

SILVA, Cleonice Aparecida Raphael. Por que ensinar história? o ensino de história nos anos iniciais do ensino fundamental. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá, 2017.

VILELA, Rita Amélia Teixeira. A teoria crítica da educação de Theodor Adorno e sua apropriação para a análise das questões atuais sobre currículo e práticas escolares. Minas Gerais: PUC-Minas, 2006. Relatório final de pesquisa 2004-2006. Disponível em: http://portal.pucminas.br/imagedb/mestrado_doutorado/publicacoes/PUA_A RQ_ARQUI20120828100151.pdf. Acesso em: 18 mar. 2019.

Downloads

Publicado

2019-07-29

Como Citar

Galuch, M. T. B., & Silva, C. A. R. da. (2019). Por que e para quê ensinar História?. História & Ensino, 25(1), 227–252. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2019v25n1p227

Edição

Seção

Artigos