Concepções de tempo e ensino de história

Autores

  • Dilma Célia Mallard Scaldaferri Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5433/2238-3018.2008v14n0p53

Palavras-chave:

Tempo histórico, Ensino de história, Raciocínio histórico.

Resumo

Apresentamos alguns aspectos do conceito de tempo, categoria básica, articuladora e estruturante do raciocínio histórico. Analisamos as possibilidades da apreensão desse conceito por crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. O conceito de tempo já está presente, há alguns anos, nas propostas curriculares do Ensino Fundamental. Entretanto, muitos docentes que atuam no ensino básico, geralmente professores generalistas sem formação em História, apresentam dificuldades para trabalharem com este conceito devido à grande complexidade e ao grau de abstração intrínsecos às noções de tempo. Esperamos que esse trabalho possa ser usado como um instrumento de análise por estudiosos que fazem proposições de pesquisas sobre a aprendizagem do conceito de tempo com alunos dos anos iniciais da escolarização.

 

 

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Dilma Célia Mallard Scaldaferri, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre em Educação pela UNINCOR. Professora de História da UFMG

Referências

ABUD, K. M. Temporalidade edidática da história. In:Anais' IJJ encontro nacional depesquisadores do ensino de his'tória, Campinas, SP: Gráfica da FE/UNICA\lP, 1999, p. 31-361995.

ANTUNES, A. R. et al. Estudos Sociais' -Teoria ePrática, Rio de Janeiro:Access Editora, 1993.

BARCA, I. Opensamento histórico dos jovens. BRAGA: Ed. Universidade do Minho,2000.

BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos, SãoPaulo: Cortez, 2004.

BLOCH, M. Ahistória, os homens e o tempo. In: Introdução à História, Coleção Saber, p.25-46.

BOSI, A. Otempo e os tempos. In: NOVAES, A. (org). Jémpo e História, SP: Cia. Das Letras, 1992

BRUNER, J. S. Uma Nova Teoria da Aprendizagem. Rio de Janeiro: Bloch, 1973.

BRUNER. J. A Cultum da Educação, Porto Alegre: Artmed, 2001.

CARRETERO, M.; VOSS, J. F. Aprender y pensar la his'toria ,Buenos Aires: Amorrortu, 2004.

CARRETERO, M. Construir e Ensinar - As Ciências Sociais e a História. São Paulo:Artmed, 1997.

CARRETERO, M.; LIMÓN, M. La construcción dei conocimiento histórico.Algunas cuestiones pendientes de investigación, Cuadernos de Pedagogía, Londrina, v. 14, p. 53 -70 ago. 2008 221, p. 24-26.

DUTRA, Soraia Freitas. As crianças e o desenvolvimento da temporalidade histórica. Tese de mestrado, Faculdade de Educação da UFMG, Belo Horizonte: UFMG, 2003.

GOUREVITCH, A. Y. Otempo como problema da História Cultural. In: RICOEUR, P. (Org.) ,As culturas e o tempo. Petrópolis: Vozes, 1975.

LE GOFF, J. et al. ANova História, Lisboa: Edições 70, 1984.

LEE, Peter ; SHEMILT, Dennis. AScaffold, not a cage progression and progression models.in history. In: Teaching History, n. 113, sd.

LEE, P. et alli. Las ideas de los ninõs sobre la historia. In: CARRETERO, M. Aprender y pensar la historia. Buenos Aires: Amorrortu, 2004.

PARANÁ. Secretária de Estado da Educação -Superintendênciade Educação, Orientação , Curriculares de História .Curitiba: DEM, 2006.

MORTIMER, E. F.; SMOLKA, A. L. (orgs.). Linguagem, Cultura e Cognição: Riflexão para oEnsino em Sala de Aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

PIAGET, J. ANoção de Tempo na Criança, Rio de Janeiro: Record, 1975.

PIAGET, J. El desarrollo de la Noción de Tiempo en el Nino. México: Fondo de Cultura Económica, 1978.

POMIAN. K. "TempolTemporalidade", Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Imprensa Nacional; Casa da Moeda, 1993. v. 29, p. 10-91.

POMIAN. K. ''Periodização'', Enciclopédia Einaudi, vol. 29, Lisboa, Imprensa Nacional ;Casa da Moeda, 1993, p.l64-213. R

REIS, J.C. Tempo, história e evasão. Campinas: Papirus, 1994.

RICOUER, P. (Org.). As culturas e o tempo. Petrópolis: Vozes, 1975.

RICOUER, P. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus, 1994.

ROJAS, C. A. Alonga duração no espelho: Para além do tempo vivido edo tempo "expropriado", In: Tempo, duração ecivilização: Percursos Braudelianos. SP: Editora Cortez, 2001.

SANTO AGOSTINHO. Confissões. Porto: Liv. Apost. da Imprensa. Livro 1, p. 346.

SCHMIDT, M. A. Construindo Conceitos no Ensino de História: A capturalógica da realidade social. História& Ensino, Londrina, v.5, p.147-164, 1999.

SIMAN, L. M. C. A Construção do Conhecimento edo Raciocínio Histórico e Cidadania nas Crianças. In: Anais do IV Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino deHistória/ANPUHIRS. Ijuí: Editora Unijuí, 1999. p. 598-605.

SIMAN, L. M. C. Asala de aula de História como espaço de produção de sentidos e novos significados. Anais do IVEncontro Nacional: Perspectivas do Ensino de História. Londrina: Atrito Art, 2005, p. 93-109.

SIMAN, L. M. C. A Temporalidade Histórica como Categoria Central do Pensamento Histórico: Desafios para o Ensino e a Aprendizagem. In: ROSSI, V. L. S.; ZAMBONI, E. (org.). Quanto tempo o tempo tem! Campinas: Alínea, 2003. p. 109-143.

SIMAN, L. M. C. OPapel da ação mediada na construção do conhecimento histórico eno desenvolvimento do seu raciocínio. In: WIJornada de Ensino de História eEducação, 2002, Passo Fundo, RS. História econstrução do conhecimento. Passo Fundo: EDIUPF, 2002.

SIMAN, L. M. C.; DUTRA, S. E. Tempo: uma categoria central do pensamento e da ação humana. In Educação Especial Inclusiva. Belo Horizonte: PUC-MINAS, 2005, VI, p.44-55.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

WHITROW, G. J. Consciência do tempo. In: O tempo na História: concepção de tempo da pré-história aos nossos dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993, p. 15-23.

Downloads

Publicado

2008-04-10

Como Citar

Scaldaferri, D. C. M. (2008). Concepções de tempo e ensino de história. História & Ensino, 14, 53–69. https://doi.org/10.5433/2238-3018.2008v14n0p53

Edição

Seção

Artigos