Análise de Nutrientes Lixiviados pela Chuva na Serapilheira sob a Perspectiva das Formas de Humus em Floresta Ombrófila Densa de Médio Montana do Bioma Mata Atlântica – Parque Nacional da Tijuca – RJ

Autores

  • Marcio Luiz Gonçalves D´Arrochella Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5433/2447-1747.2020v29n2p205

Palavras-chave:

Formas de humus, Lixiviação, Mata Atlântica.

Resumo

A serapilheira é indicadora da integridade de ecossistemas florestais quando analisamos sob a perspectiva das “Formas de Humus”. Sendo o material orgânico disposto em camadas internas que variam no peso e espessura e expressa a ciclagem de nutrientes, que sintetiza o funcionamento dos ecossistemas. A pesquisa propõe entender que nutrientes são liberados pela ação da chuva lixiviando o material orgânico na copa e no solo, bem como pelas camadas internas da serapilheira numa floresta urbana de clima tropical. Foram construídos pluviômetros experimentais que coletavam a chuva e a depositava em recipientes abaixo de cada camada de serapilheira para análise química. Como resultados, percebemos que as diferentes camadas vão nutrir o solo de maneira diferenciada quando esse processo acontece com formas de humus mull-moder. O cálcio  é liberado em maior quantidade pelas camadas F e MFB, o potássio e o magnésio têm maior disponibilização pela camada L, indicando que durante esse processo esses nutrientes são mais consumidos do que liberados. O sódio é abundante nas chuvas antes de atingir a serapilheira.

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Biografia do Autor

Marcio Luiz Gonçalves D´Arrochella, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutor em Geografia (UFF-2019). Professor da Rede Estadual de Educação Básica do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ) e Pesquisador Associado do Laboratório de Ecologia Florestal (LEF) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

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Publicado

2020-06-30

Como Citar

D´Arrochella, M. L. G. (2020). Análise de Nutrientes Lixiviados pela Chuva na Serapilheira sob a Perspectiva das Formas de Humus em Floresta Ombrófila Densa de Médio Montana do Bioma Mata Atlântica – Parque Nacional da Tijuca – RJ. GEOGRAFIA (Londrina), 29(2), 205–218. https://doi.org/10.5433/2447-1747.2020v29n2p205

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Seção

Artigos