Relações entre o insólito e o cômico em Belfagor, uma novela agradabilíssima, de Nicolau Maquiavel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2017v20.e31021

Palavras-chave:

Cômico, Insólito, Maquiavel

Resumo

As fronteiras entre o cômico e o insólito são, muitas vezes, instáveis. Neste artigo, as tensões entre esses dois elementos são expostas e explicadas a partir da análise do conto Belfagor, uma novela agradabilíssima, de Nicolau Maquiavel. Publicado no século XVI e inserido no período renascentista, o conto plasma em sua essência o sentimento da época: a transição do pensamento teocêntrico para o antropocêntrico. Para representar este cenário de mudanças, Maquiavel aposta em usar elementos e personagens insólitos/sobrenaturais para construir a comicidade no conto e, consequentemente, criticar uma sociedade que transitava entre o medieval e o moderno.

Biografia do Autor

Gabriel Both Borella, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Mestrando em Letras pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Maurício Cesar Menon, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Doutor em Letras pela Universidade Estadual de Londrina - UEL

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Publicado

2017-12-01

Como Citar

Borella, G. B., & Menon, M. C. (2017). Relações entre o insólito e o cômico em Belfagor, uma novela agradabilíssima, de Nicolau Maquiavel. Estação Literária, 20, 108–118. https://doi.org/10.5433/el.2017v20.e31021

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático