O agudo e o crônico: masculinidade e paratopia em São Bernardo e Mulheres, de Graciliano Ramos

Autores

  • Erick da Silva Bernardes Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2015v16.e28475

Palavras-chave:

Graciliano Ramos, "Mulheres", São Bernardo, Masculinidade, Literatura Comparada

Resumo

Este artigo promove uma leitura comparada da crônica “Mulheres”, que faz parte de Garranchos (2012), coletânea de textos organizada por Thiago Mio Salla, e do romance São Bernardo (2012), ambos de Graciliano Ramos. Sob o aporte teórico de O contexto da obra literária (2001), de Dominique Maingueneau, analisamos os efeitos paratópicos do texto cronístico e romanesco da prosa de Ramos. Baseados na teoria da carnavalização de Mikhail Bakhtin (2001) discutimos a noção de masculinidade e os estereótipos assim revelados pelo discurso literário, bem como a estratégia alegórica de enfoque “machista” para a narrativa ficcional.

 

Biografia do Autor

Erick da Silva Bernardes, Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ

Mestrando em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ

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Publicado

2015-11-15

Como Citar

Bernardes, E. da S. (2015). O agudo e o crônico: masculinidade e paratopia em São Bernardo e Mulheres, de Graciliano Ramos. Estação Literária, 16, 50–63. https://doi.org/10.5433/el.2015v16.e28475

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático