Sobre natências: mito e cosmologia na poética de Manoel de Barros

Autores

  • Elisa Duque Neve dos Santos Universidade Federal Fluminense - UFF

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2014v13.e27065

Palavras-chave:

Poesia moderna, Natência, Dessacralização

Resumo

Manoel de Barros diz ser poeta da natureza da palavra, e que a poesia serviria para des-cobrir as coisas de seus significados imediatos, na busca por uma linguagem que se quer inaugural. Assim, a natência – potência de fazer nascimentos na linguagem poética – será tanto um retorno a um espaço/tempo anterior, onde se estabelece um vínculo com o essencial como um estado inventivo da língua. Caberá aqui relacionar a natência da poesia de Barros à infância, metamorfose, mito, pensando na relação da poesia moderna com os processos de secularização e profanação do sagrado.

 

Biografia do Autor

Elisa Duque Neve dos Santos, Universidade Federal Fluminense - UFF

Mestrado em Teoria da Literatura pela Universidade Federal Fluminense - UFF

Referências

ANDRADE, Carlos Drummond. A Rosa do povo. 2012.

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

BADIOU, Alain. O que é um poema, e o que pensa dele a filosofia. In: BADIOU, Alain. Pequeno manual de inestética. Tradução: Marina Appenzeller. São Paulo: Estação Liberdade, 2002.

BARROS, Manoel. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2010.

BARROS, Manoel. O Guardador de águas. Rio de Janeiro: Record, 2003.

BENJAMIN, Walter. Escritos sobre mito e linguagem. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2013.

CARPINEJAR, Fabrício. Teologia do Traste: A poesia do excesso de Manoel de Barros. Dissertação de Mestrado: UFRGS, Porto Alegre, 2001.

FELINTO, Erick. Silêncio de Deus, Silêncio dos Homens. Porto Alegre: Editora Sulina, 2008.

MARTINS, Bosco et al. Entrevista Barros: caminhando para as origens. Disponível em: http://www.douradosinforma.com.br/entrevistas.php?id_ent=33. Acesso em 21 abr. 2007.

MÜLLER, Adalberto. Manoel de Barros. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2010. (Coleção Encontros)

MÜLLER, Adalberto. Manoel de Barros: o avesso invisível. Revista USP, São Paulo, n. 59; 2003, p. 275–279.

OTTO, Walter Friedrich. Os Deuses da Grécia: a imagem do divino na visão do espírito grego. Tradução: Ordep Serra. São Paulo: Odysseus, 2005.

PAZ, Octavio. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

PAZ, Octavio. Os filhos do barro. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

REGINOI, Sueli Maria de Oliveira. O mito de Hermes na obra poética de Manoel de Barros. In: XII Congresso Internacional da ABRALIC, 2011, Curitiba. Anais [...]. Curitiba: UFPR, jul. 2011.

RILKE, Rainer Maria. Cartas a um jovem poeta. Tradução: Pedro Süssekind. Porto Alegre: L&PM, 2011.

ROSA, Antônio Ramos. Poesia, Liberdade Livre. Lis

Downloads

Publicado

2014-12-23

Como Citar

Santos, E. D. N. dos. (2014). Sobre natências: mito e cosmologia na poética de Manoel de Barros. Estação Literária, 13, 241–255. https://doi.org/10.5433/el.2014v13.e27065

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático