Subalternidade, marginalidade e violência num tempo sem lei: uma leitura de Querô, uma reportagem maldita e híbrida

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2013v12.e26345

Palavras-chave:

Subalternidade, Marginalidade, Violência, Hibridização de gêneros

Resumo

Vinculados aos mecanismos de significação que compõe o romance Querô, uma reportagem maldita (1977), de Plínio Marcos, estão os pressupostos teóricos de Lins (1990); Muir (1997); Reis e Lopes (1988); além de trazer à baila os conceitos de Spivak (2010); Enedino (2009) e Ginzburg (2012) no que se referem à subalternidade e violência como fatores essenciais na configuração do espaço e das personagens. Importa mencionar que, por esse viés, o autor procurou transformar “personagens reais” em personagens de ficção, trazendo para o leitor uma “realidade ficcional”, refletindo acerca do papel do marginal e do subalterno na constituição da sociedade.

Biografia do Autor

Wagner Corsino Enedino, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFSM

Doutor em Teoria Literária pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFSM

Celeste da Silva Souza, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFSM

Mestrado em Letras da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFSM

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Publicado

2013-11-24

Como Citar

Enedino, W. C., & Souza, C. da S. (2013). Subalternidade, marginalidade e violência num tempo sem lei: uma leitura de Querô, uma reportagem maldita e híbrida. Estação Literária, 12, 370–387. https://doi.org/10.5433/el.2013v12.e26345

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático