O gênio romântico e a imortalidade: Análise de “Ahasverus e o gênio” e “Mocidade e morte”, de Castro Alves

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2013v12.e26144

Palavras-chave:

Castro Alves, Gênio criador, Imortalidade, Legado literário

Resumo

A certeza sobre a própria finitude perpassa a vida de todos os homens; no entanto, isso não significa aceitar que o fim último da existência é morrer: antes, revoltar-se contra isso. Assim, uma das alternativas para driblar a morte é encontrada na arte, que se configura como uma promessa de imortalidade, ou seja, é a transgressão máxima à condição humana, é o que possibilita ao homem igualar-se aos deuses. Tendo isso em vista, objetiva-se neste artigo fazer uma articulação entre a noção de gênio romântico e o anseio de imortalidade. Para tanto, buscar-se-á em dois poemas de Castro Alves entender a relação homem-legado e como isso representa um gesto de revolta.

Biografia do Autor

Laysa Beretta, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Mestranda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Londrina - UEL

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Publicado

2013-11-24

Como Citar

Beretta, L. (2013). O gênio romântico e a imortalidade: Análise de “Ahasverus e o gênio” e “Mocidade e morte”, de Castro Alves. Estação Literária, 12, 107–122. https://doi.org/10.5433/el.2013v12.e26144

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático