A profanação dos dispositivos em Giorgio Agamben

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2014v13.e26000

Palavras-chave:

Profanação, dispositivo, Giorgio Agamben, violência

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar a necessidade de profanar o dispositivo. Com essa intenção discute-se esse conceito a partir das indicações de Foucault e de Agamben procurando frisar sua violência/poder de constituir e de manter em oposição à interna, embora recalcada, violência/poder de revolucionar, características exploradas a partir do conceito de Gewalt de Benjamin. A revolução, como uma profanação, é uma ação que permite reassumir o uso comum das coisas que foram apossadas pelo dispositivo. Associa-se essa necessária profanação revolucionária com o lúdico e com a reinterpretação constante que devem caracterizar a relação do homem com a literatura. 

Biografia do Autor

Mauro Rocha Baptista, Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG

Professor do Departamento de Fundamentos da Educação pela Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG

Referências

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Publicado

2014-12-23

Como Citar

Baptista, M. R. (2014). A profanação dos dispositivos em Giorgio Agamben. Estação Literária, 13, 10–23. https://doi.org/10.5433/el.2014v13.e26000

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático