Protagonismo negro, autoria branca: A revolta da cachaça e Arena conta: Zumbi

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2011v8.e25634

Palavras-chave:

Teatro brasileiro, Negro, A Revolta da cachaça, Arena conta, Zumbi

Resumo

O teatro, por estar profundamente marcado por diálogos, é um importante espaço literário de confronto. Nesse sentido, o que discutimos neste artigo é em que medida o teatro brasileiro moderno coloca em cena o conflito entre negros e brancos, que se oculta por trás do mito da democracia racial. Para isso, analisamos as peças A Revolta da Cachaça, de Antonio Callado, e Arena conta: Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, a fim de mostrar como, de diferentes formas, os negros são colocados à margem não apenas nas montagens teatrais, mas até mesmo nos fatos históricos em que foram protagonistas.

Biografia do Autor

Patrícia Trindade Nakagome, Universidade de São Paulo - USP

Doutoranda em Teoria Literária e Literatura pela Universidade de São Paulo - USP

Regina Claudia Garcia Oliveira de Sousa, Universidade de São Paulo - USP

Doutoranda em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo - USP

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Publicado

2011-02-22

Como Citar

Nakagome, P. T., & Sousa, R. C. G. O. de. (2011). Protagonismo negro, autoria branca: A revolta da cachaça e Arena conta: Zumbi. Estação Literária, 8(1Supl.), 65–76. https://doi.org/10.5433/el.2011v8.e25634

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático