“Ter ou não ter? eis a questão!” Crenças de alunos de secretariado executivo sobre o sotaque do falante nativo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2017v17n1p95

Palavras-chave:

Crenças, Sotaques, Falante Nativo, Falante Estrangeiro, Universitários

Resumo

O presente trabalho analisa as crenças de vinte e um alunos de secretariado executivo sobre o sotaque do falante nativo em uma disciplina de língua inglesa de uma universidade federal localizada em Minas Gerais. As crenças foram levantas a partir de questionários e o mapeamento delas se deu a partir da análise de conteúdo, uma vez que foram categorizadas tematicamente, revelando traços marcantes sobre como os universitários concebem o papel da pronúncia e o sotaque do falante nativo de inglês em sua aprendizagem da nova língua. Os resultados mostram que a pronúncia é vista como um aspecto muito importante para a maioria deles, no entanto, quando comparada com as demais atividades fica em segundo plano, pois para os alunos a oralidade e a compreensão auditiva são os aspectos que eles esperam desenvolver naquela disciplina. O sotaque do falante nativo é considerado como parâmetro da pronúncia correta, o que justifica a maioria do grupo idealizá-lo como objetivo. Os alunos justificam essa crença afirmando que isto será bastante útil para obtenção de empregos e sucesso profissional. O estudo aponta para a necessidade de que alunos e professores reflitam sobre as consequências de suas crenças e que a disciplina de língua inglesa pode ser espaço para essas discussões.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Fernando Silvério de Lima, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - São José do Rio Preto

Doutorado em Estudos Linguísticos pela UNESP.

Referências

BARCELOS, A.M.F. A cultura de aprender língua estrangeira (inglês) de alunos de Letras. 1995. Dissertação (Mestrado em Lingüística Aplicada) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1995.

BARCELOS, A.M.F. What is wrong with a Brazilian accent? Horizontes de Linguística Aplicada, Brasília, v. 2, n.1, p. 7-21, 2003.

BARCELOS, A.M.F. Crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas: reflexões de uma década de pesquisa no Brasil. In: ALVAREZ, M. L. O.; SILVA, K. A. (Org.). Linguistica Aplicada: Múltiplos Olhares. Campinas: Pontes, 2007. p. 27-69.

CANAGARAJAH, A.S.; WURR, A.J. Multilingual Communication and Language Acquisition: New Research Directions. The Reading Matrix, v.11, n.1, p.1-15, 2011.

CRUZ, N. C. Crenças de graduandos de Inglês Língua Estrangeira sobre a própria pronúncia. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS, 2., 2007, Florianópolis. p. 360-373.

DÖRNYEI, Z. Research Methods in Applied Linguistics: quantitative, qualitative and mixed methodologies. Oxford: Oxford University Press, 2007. 336p.

GRADDOL, D.The Future of English? A Guide to forecast the popularity of the English Language in the 21st century. London: British Council, 1997. 65p.

GRADDOL, D. English Next. London: British Council, 2006. 128p. HALL, G. Exploring English Language Teaching: Language in Action. New York: Routledge, 2011. 282p.

HARMER, J. The practice of English Language Teaching. 3 rd . ed. Harlow: Pearson Education, 2001.

JENKINS, J. The Phonology of English as an International Language. Oxford: Oxford University Press, 2000.

JENKINS, J. English as a Lingua Franca. Oxford: Oxford University Press, 2007.

KUMARAVADIVELU, B. Language Teacher Education for a Global Society: a modular model for knowing, analyzing, recognizing, doing and seeing. New York: Routledge, 2012. 132p.

LEV-ARI, S.; KEYSAR, B. Why don't we believe non-native speakers? The influence of accent on credibility. Journal of Experimental Social Psychology, New York, v.46, n.6, p.1093-1096, 2010.

PATTON, M.Q. Qualitative evaluation and research methods. 2 nd ed. Newbury Park, CA: SAGE, 1990. 598p.

PENNYCOOK, A. The Cultural Politics of English as an International Language. London: Longman, 1994.

RICHARDS, J.C.; SCHMIDT, R. Longman Dictionary of Language Teaching and Applied Linguistics. 3 rd . ed. London: Pearson Education, 2002. 595p.

SALDAÑA, J. The coding manual for qualitative researchers. London: SAGE, 2009. 223p.

SANTOS, T. J. P. Crenças sobre pronúncia na formação de professores de lingual inglesa. Fronteira digital, v.2, n.2, p. 8-15, 2010.

SCHMITZ, J.R. "To ELF or not to ELF?" (English as a Lingua Franca): That's the question for Applied Linguistics in a globalized world. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v.12, n.2, p.249-284, 2012.

SCHMITZ, J. R. Um mundo globalizado, híbrido, pós-colonizado e pósmoderno:Reflexões sobre o inglês na atualidade. Folio (Online): Revista de Letras, v. 8, p. 333-365, 2016.

VYGOTSKY, L.S. Mind in Society. Cambridge: Harvard University Press, 1978. 158p.

VYGOTSKY, L.S. Thought and Language. Expanded and revised. Cambridge, MA: MIT Press, 2012. 307p.

VYGOTSKY, L.S.; LURIA, A. Ape, Primitive Man, and Child: Essays in the History of Behaviour. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1993.

Downloads

Publicado

29-12-2017

Como Citar

LIMA, F. S. de. “Ter ou não ter? eis a questão!” Crenças de alunos de secretariado executivo sobre o sotaque do falante nativo. Entretextos, Londrina, v. 17, n. 1, p. 95–121, 2017. DOI: 10.5433/1519-5392.2017v17n1p95. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/29747. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos