Coordenação na língua kaingang

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2013v13n1p192

Palavras-chave:

Kaingang, Orações coordenadas, Descrição

Resumo

No Brasil, existem cerca de 180 línguas indígenas, no entanto, o número de pesquisadores que a elas se dedicam é pequeno. Muitas ainda não foram objetos de pesquisa, este fato destaca a importância e a necessidade de que mais linguistas se dediquem ao estudo e a descrição dessas línguas. A língua kaingang pertence à família linguística Jê, do tronco Macro-Jê. É falada por aproximadamente 29.000 pessoas distribuídas em mais de trinta Terras Indígenas nos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sendo uma das línguas indígenas com maior número de falantes no Brasil. O presente trabalho trata de uma abordagem inicial da estrutura das orações coordenadas dessa língua, com base nos pressupostos da Linguística Descritiva e Funcional. Para isso, fundamenta-se nos pressupostos teóricos de Payne (1997) e de Haspelmath (2007). O corpus do trabalho constitui-se de dados coletados com informantes da Terra Indígena Apucaraninha, localizada no município de Tamarana – PR. A descrição e análise desses dados mostram que a língua kaingang utiliza partículas que funcionam como coordenadores e apresenta os seguintes tipos semânticos de coordenação: conjuntiva, disjuntiva e adversativa. Os objetivos deste trabalho são abordar, de um ponto de vista descritivo, as orações coordenadas, subsidiar material de fácil acesso a professores bilíngues das escolas indígenas do Norte do Paraná e contribuir com a descrição da língua kaingang.

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Biografia do Autor

Luciana Pereira Tabosa, Universidade Estadual de Londrina

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Londrina

Ludoviko dos Santos, Universidade Estadual de Londrina

Professor Doutor do Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Londrina.

Referências

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Publicado

03-09-2013

Como Citar

TABOSA, L. P.; SANTOS, L. dos. Coordenação na língua kaingang. Entretextos, Londrina, v. 13, n. 1, p. 192–213, 2013. DOI: 10.5433/1519-5392.2013v13n1p192. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/14642. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos