Escala de Avaliação de Altas Habilidades / Superdotação – versão professor: validade de conteúdo

Autores

  • Tatiana de Cassia Nakano Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC/ CAMPINAS https://orcid.org/0000-0002-5720-8940
  • Carolina Rosa Campos Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC/ CAMPINAS https://orcid.org/0000-0002-1713-3307
  • Maristela Volpe dos Santos Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC/ CAMPINAS

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2016v7n1p103

Palavras-chave:

validade do teste, educação especial, avaliação psicológica, coeficiente kappa

Resumo

A avaliação das altas habilidades embora escassa na literatura científica é de grande relevância dentro da Psicologia. Diante disso, o objetivo deste estudo foi verificar, através da validade de conteúdo, a adequação dos itens que compõem a Escala de Avaliação de Altas Habilidades – Versão Professor. Para isso, seis estudantes de pós-graduação na área da avaliação psicológica atuaram como juízes, classificando os 41 itens do instrumento em cinco fatores (capacidade intelectual acadêmica, habilidades acadêmicas específicas, liderança, criatividade e talento artístico). Os resultados demonstraram a adequação dos itens, tendo a maioria deles apresentado índices de concordância perfeita acima de 80% (n=29) e entre 60 e 80% (n=8), indicando concordância moderada. Apenas quatro itens apresentaram concordância igual ou inferior a 50%, sugerindo a necessidade de reformulações. As análises dos coeficientes Kappa evidenciaram índices entre 0,69 e 0,81. Os resultados apontaram a adequação da escala ao conteúdo do modelo que pretende avaliar.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Tatiana de Cassia Nakano, Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC/ CAMPINAS

Pós Doutorado na Universidade São Francisco. Professora do curso de Pós-Graduação strictu sensu em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Carolina Rosa Campos, Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC/ CAMPINAS

Doutoranda em psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Maristela Volpe dos Santos, Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC/ CAMPINAS

Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Referências

Alencar, E. M. L. S. (2001). Criatividade e Educação de Superdotado. Petrópolis: Vozes. Alexandre, N. M. C., & Coluci, M. Z. O. (2011). Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciência e Saúde Coletiva, 16(7), 3061-3068. doi: 10.1590/S1413- 81232011000800006.

Azevedo, S. M. L., & Mettrau, M. B. (2010). Altas habilidades/superdotação: mitos e dilemas docentes na indicação para o atendimento. Psicologia Ciência e Profissão, 30(1), 32-45. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 98932010000100004&lng=pt&tlng=pt

Bock, K.M.B, & Ruyter, D.J. (2011). Five values of giftedness. Roeper Review, 33, 198-207. Disponível em http://eric.ed.gov/?id=EJ929318.

Bracken, B. A., & Brown, E. F. (2006). Behavioral identification and assessment of gifted and talented students. Journal of Psychological Assessment, 24(2), 112-122. doi: 10.1177/0734282905285246.

Brasil. (2010). Secretaria de Educação Especial - MEC. Políticas Públicas para Alta Habilidade/ Superdotação. Disponível em: http://www.senado.gov.br/comissoes/CE/AP/AP20080626_superdotados_Cl áudia

Griboski.pdf. Carman, C. A. (2013). Comparing apples and oranges: fifteen years of definitions of giftedness in research. Journal of Advanced Academics, 24(1), 52-70. doi: 10.1177/1932202X12472602.

Chagas, J. F. (2007). Conceituação e fatores individuais, familiares e culturais relacionados à altas habilidades. In D. S. Fleith & E. M. L. S. Alencar (Eds.), Desenvolvimento de talentos e altas habilidades: Orientação a pais e professores (pp. 15-24). Porto Alegre: Artmed.

Cohen, L. M., Ambrose, D., & Powell, W. N. (2000). Conceptual foundations and theoretical lenses for the diversity of giftedness and talent. In K. A. Heller, F.J. Mönks, R. Subotnik, & R. J. Sternberg (Eds.), International handbook of research and development of giftedness and talent (pp.331-344). Oxford, England: Pergamon.

Conselho Federal de Psicologia (2003). Resolução 02/2003. Disponível em www.pol.org.br.

Dai, D. Y., Swanson, A., & Cheng, H. (2011). State of research on giftedness and gifted education: a survey of empirical studies published during 1998-2010 (April). Gifted Child Quarterly, 55(2), 126-138. doi: 10.1177/0016986210397831.

Elliott, S. N., & Argulewicz, E. N. (1983). Use of a behavior rating scale to aid in the identification of developmentally and culturally different gifted children. Journal of Psychoeducational Assessment, 1, 179-186. doi: 10.1177/073428298300100209.

Feldman, D. H. (2000). The development of creativity. In R.J. Sternberg (Ed.), Handbook of creativity (pp. 169-189). Cambridge: Cambridge University Press.

Fleiss, J. L. (1981). The measurement of interater agreement. In J.L. Fleiss (Org.), Statistical methods for rates and proportions. 2. ed. (pp. 212-236). New York: John Wiley & Sons Inc.

Gagné, F. (2005). From gifted to talents: the DMGT as a developmental model. In R. J. Sternberg & J. E. Davidson (Eds.), Conceptions of Giftdeness. 2 ed. (pp. 98-120). New York: Cambridge University Press.

Gardner, H. (1983). Frames of mind. New York: Basic Books. Gardner, H. (1995). Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed.

Guenther, Z. C. (2000). Desenvolver capacidade e talentos: um conceito de inclusão. Petrópolis: Vozes.

Guenther, Z. C. (2012). Quem são os alunos dotados? Reconhecer dotação e talento na escola. In L. C. Moreira & T. Stoltz (Eds.), Altas Habilidades/Superdotação Talento, Dotação e Educação (pp. 63-83). Curitiba: Juruá.

Guimarães, T. G. & Ourofino, V. T. A. T. (2007). Estratégias de identificação do Aluno com Altas Habilidades/Superdotação. In D. S. Fleith (Ed.), A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: orientação a professores (pp. 53-65). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial.

Heller, K. A. (2013). Findings from Munich longitudinal study of giftedness and their impact on identification, gifted education and counseling. Talent Development & Excellence, 5(1), 51-64. Disponível em: http://connection.ebscohost.com/c/articles/90616009/findings-frommunich-longitudinal-study-giftedness-their-impact-identification-giftededucation-counseling.

Jarosewich, T., Pfeiffer, S. I., & Morris, J. (2002). Identifying gifted students using teacher rating scales: A review of existing instruments. Journal of Psychoeducational Assessment, 20, 322-336, doi: 10.1177/073428290202000401.

Kaufman, S. B., & Sternberg, R. J. (2008). Conceptions of giftedness. In S. Pfeiffer (Ed.), Handbook of giftedness in children: Psycho-Educational theory, research and best practices (pp. 71-91). New York: Springer.

Lamounier, R., & Villemor-Amaral, A. E. (2006). Evidencias de validez para el Rorschach en el contexto de la psicología de tránsito. Interamerican Journal of Psychology, 40 (2), 167-176. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=28440204.

Landis, J. R., & Koch, G. G. (1977). The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics, 33, 159-74. doi: 10.2307/2529310.

Lee, D., & Pfeiffer, S. I. (2006). The reliability and validity of a korean-translated version of the Gifted Rating Scales. Journal of Psychoeducational Assessment, 24, 210-224. doi: 10.1177/0734282906287829.

Li, H., Lee, D., Pfeiffer, S. I., Kamata, A., Kumtepe, A. T., & Rosado, J. (2009). Measurement invariance of the Gifted Rating Scales – school form across five cultural groups. School Psychology Quaterly, 4(3), 186-198. Disponível em: http://www.academia.edu/2333726/Measurement_Invariance_of_the_Gifte d_Rating_Scales_School_Form_Across_Five_Cultural_Groups.

Li, H., Lee, D., Pfeiffer, S. I., & Petscher, Y. (2008). Parent Ratings Using the Chinese Version of the Parent Gifted Rating Scales School Form Reliability and Validity for Chinese Students. Educational and Psychological Measurement, 68, 659-675. doi: 10.1177/0013164407313365.

Lubart, T. ( 2007). Psicologia da Criatividade. Porto Alegre, Artmed. Margulies, A. S., & Floyd, R. G. (2004). Book review: Gifted Rating Scales (GRS). Journal of Psychoeducational Assessment, 22, 275-282. doi: 10.1177/073428290402200306.

Mendes, E. G., Nunes, L. R. O. P., & Ferreira, J. R. (2002). Diagnóstico e caracterização de indivíduos com necessidades educacionais especiais: produção cientifica nacional entre 1981 e 1998. Temas em Psicologia, 10(1), 11-25. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 389X2002000100002&lng=pt&nrm=iso.

Miller, E. M. & Cohen, L. M. (2012). Engendering talent in others: expanding domains of giftedness and creativity. Roeper Review, 34, 104-113. Disponível em: http://eric.ed.gov/?id=EJ960267.

Miura, C. T. P., Gallani, M. C. B. J., Domingues, G. B. L., Rodrigues, R. C. M., & Stoller, J. K. (2010). Adaptação cultural e análise da confiabilidade do instrumento Modified Dyspnea Índex para a cultura brasileira. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 18 (5), 1-11. doi: 10.1590/S0104- 11692010000500025.

Negrini, T., & Freitas, S. N. (2008). A identificação e a inclusão de alunos com características de altas habilidades/superdotação: discussões pertinentes. Revista Educação Especial (Santa Maria), 32, 273-284. doi: 10.5902/1984686X.

Perroca, M. G., & Gaidzinski, R. R. (2003). Avaliando a confiabilidade interavaliadores de um instrumento para classificação de pacientes: coeficiente Kappa. Revista Escola de Enfermagem USP, 37 (1), 72-80. doi: 10.1590/S0080-62342003000100009.

Petscher, Y., & Li, H. (2008). Measurement Invariance of the Chinese Gifted Rating Scales: Teacher and parent forms. Journal of Psychoeducational Assessment, 26, 274-286. doi: 10.1177/0734282907303873.

Pfeiffer, S., & Blei, S. (2008). Gifted identification beyond the IQ test: rating scales and other assessment procedures. In S. Pfeiffer (Ed.), Handbook of giftedness in children: Psychoeducational theory, research and best practices (pp. 177-198). New York: Springer.

Pfeiffer, S., & Jarosewich, T. (2003). Gifted Rating Scales – Manual. San Antonio/TX: Pearson.

Pocinho, M. (2009). Superdotação: conceitos e modelos de diagnóstico e intervenção psicoeducativa. Revista Brasileira de Educação Especial, 15(1), 3-14. doi : 10.1590/S1413-65382009000100002.

Renzulli, J. S. (2004). O que é esta coisa chamada superdotação, e como a desenvolvemos? uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Revista Educação, 27(1), 1-21. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/375.

Renzulli, J. S. (2008). La educación del sobredotado y el desarrollo del talento para todos. Revista de Psicologia (Lima), 26(1), 25-44. Disponível em: http://revistas.pucp.edu.pe/index.php/psicologia/article/view/1120.

Renzulli, J. S. (2011). What makes giftedness? Reexamining a definition. Kappan, 92(8), 81-88. doi: 10.1177/003172171109200821. Ribeiro, W.J., & Nakano, T.C. (2013). Altas habilidades / superdotação: produção científica brasileira. Manuscrito não publicado.

Robinson, A., & Clinkenbeard, P. R. (2008). History of giftedness: Perspectives from the past presage modern scholarship. In S. Pfeiffer (Ed.), Handbook of giftedness in children: Psycho-Educational theory, research and best practices (pp. 13-31). New York: Springer.

Siu, A. F. Y. (2009). The reliability and validity of a Chinese-translated version of the Gifted Rating Scales–Preschool/Kindergarten Form. Journal of Psychoeducational Assessment, 20(10), 2-10. doi: 10.1177/0016986208315802.

Sternberg, R. J. (2005) The WICS model of giftdness. In R. J. Sternberg & J. E. Davidson (Eds.). Conceptions of Giftdeness (pp. 243-327). New York: Cambridge University Press.

Viana, H. B., & Madruga, V. A. (2008). Diretrizes para adaptação cultural de escalas psicométricas. Revista Digital – Buenos Aires, 12(116). Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd116/adaptacao-cultural-de-escalaspsicometricas.htm.

Villemor-Amaral, A. E., & Xavier, M. F. (2007). Avaliação da relação com a figura materna no CAT-A. Psic: revista da Vetor Editora, 8(2), 195-203. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676- 73142007000200010&lng=pt&tlng=pt.

Virgolim, A. M. R. (2007). Altas habilidades/superdotação: encorajando potenciais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial.

Wechsler, S.M. (2008). Criatividade: descobrindo e encorajando. Campinas: Lamp / Impressão Digital do Brasil.

Ziegler, A., Stoeger, H., & Vialle, W. (2012). Gifteness and gifted education: the need for a paradigm change. Gifted Child Quarterly, 56, 194-197. doi: 10.1177/0016986212456070

Downloads

Publicado

2016-07-07

Como Citar

Nakano, T. de C., Campos, C. R., & Santos, M. V. dos. (2016). Escala de Avaliação de Altas Habilidades / Superdotação – versão professor: validade de conteúdo. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 7(1), 103–123. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2016v7n1p103

Edição

Seção

Artigos Originais