Trabalhadores com deficiência auditiva: Relações entre vulnerabilidade ao estresse e satisfação no trabalho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2012v3n1p2

Palavras-chave:

vulnerabilidade ao estresse, satisfação no trabalho, pessoas com deficiência, deficiência auditiva, testes psicológicos.

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo explorar as relações entre vulnerabilidade ao estresse laboral e satisfação no trabalho em uma amostra de pessoas com deficiência auditiva. Participaram 54 pessoas, todos trabalhadores, com idades entre 18 e 58 anos (M=30,37). Foram aplicadas a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT) e a Escala de Satisfação no Trabalho (EST), sendo que o processo de aplicação contou com uma pesquisadora que se comunica por LIBRAS. Os resultados apontaram correlações negativas baixas e moderadas entre os instrumentos. Os homens tiveram maiores escores na EVENT e as mulheres, na EST. Pessoas que falam LIBRAS tiveram médias maiores na EST, enquanto que os demais pontuaram mais na EVENT. Verificou-se que, quanto maior o tempo na mesma empresa, maior a tendência a ser mais vulnerável e menos satisfeito. Conclui-se que novos estudos devem ser feitos, avaliando-se outras variáveis imbricadas no processo de inclusão de pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho.

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Biografia do Autor

Rodolfo A. M. Ambiel, Universidade São Francisco

Doutorando em Psicologia pela Universidade São Francisco Professor da  Universidade São Francisco

Acácia Aparecida Angeli dos Santos, Universidade São Francisco

Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo. Professora titular da Universidade São Francisco 

Andressa Cantonde de Sousa, Universidade São Francisco

Psicóloga pela Universidade São Francisco.

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Publicado

2012-09-15

Como Citar

Ambiel, R. A. M., Santos, A. A. A. dos, & Sousa, A. C. de. (2012). Trabalhadores com deficiência auditiva: Relações entre vulnerabilidade ao estresse e satisfação no trabalho. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 3(1), 2–23. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2012v3n1p2

Edição

Seção

Artigos Originais