A empatia e a percepção de emoções em estudantes de Psicologia e psicoterapeutas

Autores

  • Ana Rita Palhoco Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa
  • Maria João Afonso Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa https://orcid.org/0000-0002-2569-9896

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2011v2n2p133

Palavras-chave:

empatia, percepção de emoções primárias, psicoterapia

Resumo

A presente investigação teve como objectivo estudar a empatia e a capacidade de percepção de emoções primárias em estudantes de Psicologia e psicoterapeutas da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Para medir os construtos em estudo, recorreu-se à primeira versão experimental portuguesa do Test de Empatía Cognitiva y Afectiva (TECA), traduzida e adaptada na presente investigação, e ao Teste de Percepção de Emoções Primárias (PEP), construído na Universidade de São Francisco (Brasil). Procurou-se averiguar em que medida as competências supramencionadas são desenvolvidas na formação académica ou apenas através da experiência prática, pelo que se recorreu à sua avaliação, numa amostra de 113 participantes. Verificou-se que a empatia cognitiva é superior nos sujeitos com maior formação e experiência, que a empatia emocional está positivamente (porém não significativamente) correlacionada com a percepção de emoções, e que os dois tipos de empatia (cognitiva e emocional) apresentam algum grau de independência entre si.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Ana Rita Palhoco, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

Mestre, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

Maria João Afonso, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

Doutora, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

Referências

Balconi, M., & Lucchiari, C. (2007). Consciousness and emotional facial expression recognition: Subliminal/supraliminal stimulation effect on n200 and p300 ERPs. Journal of Psychophysiology, 21(2), 100-108. doi:10.1027/0269-8803.21.2.100

Bennett-Levy, J., & Thwaites, R. (2009). Self and self reflection in the therapeutic relationship: A conceptual map and practical strategies for the training supervision and self-supervision of interpersonal skills. In P. Gilbert & R. Leahy (Eds.), The Therapeutic Relationship in the Cognitive Behavioral Psychotherapies (pp. 255-281). New York: Routledge.

Besel, L. D. S., & Yuille, J. C. (2010). Individual differences in empathy: The role of facial expression recognition. Personality and Individual Differences, 49(2), 107-112. doi:10.1016/j.paid.2010.03.013

Blais, C., Jack, R. E., Scheepers, C., Fiset, D., & Caldara, R. (2008). Culture shapes how we look at faces. PLoS ONE, 3(8), 1-8. doi:10.1371/journal.pone.0003022

Bohart, A. C., & Greenberg, L. S. (1997). Empathy: Where are we and where do we go from here? In A. C. Bohart, L. S. Greenberg, A. C. Bohart, L. S. Greenberg (Eds.), Empathy reconsidered: New directions in psychotherapy (pp. 419-449). American Psychological Association. doi:10.1037/10226-031

Bordin, E. S. (1979). The generalizability of the psychoanalytic concept of the working alliance. Psychotherapy: Theory, Research & Practice, 16(3), 252- 260. doi:10.1037/h0085885

Cormier, S., Nurius, P., & Osborn, C. (2009). Interviewing and change strategies for helpers: Fundamental skills and cognitive behavioral interventions. Australia: Thompson Brooks.

Dimberg, U., Andréasson, P., & Thunberg, M. (2011). Emotional empathy and facial reactions to facial expressions. Journal of Psychophysiology, 25(1), 26-31. doi:10.1027/0269-8803/a000029

Ekman, P. (1992). Facial expressions of emotion: New findings, new questions. Psychological Science, 3(1), 34-38.

Fernández-Dols, J., Carrera, P., Barchard, K. A., & Gacitua, M. (2008). False recognition of facial expressions of emotion: Causes and implications. Emotion, 8(4), 530-539. doi:10.1037/a0012724

Fernández-Pinto, I., López-Pérez, B., & Márquez, M. (2008). Empatía: Medidas, teorias y aplicaciones en revisión. Anales de Psicología, 24(2), 284-298.

Gilbert, P. (2009). Evolved minds and compassion in the therapeutic relationship. In P. Gilbert & R. Leahy (Eds.), The therapeutic relationship in the cognitive behavioral psychotherapies (pp. 106-142). New York: Routledge.

Gilbert, P., & Leahy, R. (2009). Introduction and overview: Basic issues in the therapeutic relationship. In P. Gilbert & R. Leahy (Eds.), The therapeutic relationship in the cognitive behavioral psychotherapies (pp. 3-23). New York: Routledge.

Gladstein, G. A. (1983). Understanding empathy: Integrating counseling, developmental, and social psychology perspectives. Journal of Counseling Psychology, 30(4), 467-482. doi:10.1037/0022-0167.30.4.467

Greenberg, L. S. (2002). Emotions and emotional intelligence. In L. S. Greenberg (Ed.), Emotion-focused therapy: Coaching clients to work through their feelings (pp. 3-38). American Psychological Association. doi:10.1037/10447-001

Greenberg, L. S. (2009). Emotion in the therapeutic relationship in emotionfocused therapy. In P. Gilbert & R. Leahy (Eds.), The therapeutic relationship in the cognitive behavioral psychotherapies (pp. 43-62). New York: Routledge.

Hall, J. A., Davis, M. H., & Connelly, M. (2000). Dispositional empathy in scientists and practitioner psychologists: Group differences and relationship to self-reported professional effectiveness. Psychotherapy: Theory, Research, Practice, Training, 37(1), 45-56. doi:10.1037/h0087758

Harrison, N. A., Singer, T., Rotshtein, P., Dolan, R. J., & Critchley, H. D. (2006). Pupillary contagion: Central mechanisms engaged in sadness processing. Social Cognitive & Affective Neuroscience, 1(1), 5-17. doi: 10.1093/scan/nsl006

International Test Commission (2010). International Test Commission guidelines for translating and adapting tests. Retirado de http://www.intestcom.org

López-Pérez, B., Férnandez-Pinto, I., García, F.J.A. (2008). TECA: Test de Empatía Cognitiva y Afectiva (Manual). Madrid: TEA Ediciones, S.A.

Machado, P. P. P., Beutler, L. E., & Greenberg, L. S. (1999). Emotion recognition in psychotherapy: Impact of therapist level of experience and emotional awareness. Journal of Clinical Psychology, 55(1), 39-57.

Mayer, J. D., Salovey, P., & Caruso, D. R. (2004). Emotional intelligence: Theory, findings, and implications. Psychological Inquiry, 15(3), 197-215.

Miguel, F. K., & Noronha, A. P. P. (2006). Estudo da inteligência emocional em cursos universitários. In A. P. Soares, S. Araújo & S. Caires (Eds.). Avaliação psicológica e contextos (pp. 613-619). Braga, Portugal: Psiquilíbrios.

Miguel, F. K. & Primi, R. (2010). Teste Informatizado de Percepção de Emoções Primárias para avaliação de adultos. In M. C. R. A. Joly & C. T. Reppold (Eds.), Estudos de testes informatizados para avaliação psicológica (pp. 231-245). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Plutchik, R. (2000). A psychoevolutionary theory of emotion. In R. Plutchik (Ed.), Emotions in the practice of psychotherapy: Clinical implications of affect theories (pp. 59-79). American Psychological Association.

Riggio, R. E., Tucker, J. & Coffaro, D. (1989). Social skills and empathy. Personality and Individual Differences, 10(1), 93-99.

Rogers, C. R. (1974). A terapia centrada no paciente (M. C. Ferreira, Trad.). Lisboa: Moaes Editores. (Obra original publicada em 1951)

Smith, A. (2009). The empathy imbalance hypothesis of autism: A theoretical approach to cognitive and emotional empathy in autistic development. The Psychological Record, 59(3), 489-510.

Sonnby-Borgström, M. (2002). Automatic mimicry reactions as related to differences in emotional empathy. Scandinavian Journal of Psychology, 43(5), 433-443. doi:10.1111/1467-9450.00312

Thwaites, R., & Bennett-Levy, J. (2007). Conceptualizing empathy in cognitive behaviour therapy: Making the implicit explicit. Behavioural and Cognitive Psychotherapy, 35(5), 591-612. doi:10.1017/S1352465807003785

Vasco, A. B. (2007). Quando menos é melhor: A arte de comunicar em psicoterapia. Comunicação no Encontro Nacional “Comunicação em Saúde”, Universidade dos Açores, Ponta Delgada.

Vasco, A. B. (2005). Creio num engenho mais fecundo de harmonizar as partes dissonantes: Fundamentação para a integração em psicoterapia. PsiLogos, 1(2), 77-94.

Waller, B. M., Cray, J. R., & Burrows, A. M. (2008). Selection for universal facial emotion. Emotion, 8(3), 435-439. doi:10.1037/1528-3542.8.3.435

Downloads

Publicado

2011-02-18

Como Citar

Palhoco, A. R., & Afonso, M. J. (2011). A empatia e a percepção de emoções em estudantes de Psicologia e psicoterapeutas. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 2(2), 133–153. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2011v2n2p133

Edição

Seção

Artigos Originais